Wednesday, December 17, 2008

Tutti Frutti e Hortelã



Absurdo: manobristas de um salão e casa de estética da Av. Paulo VI, Pituba, tomaram conta da calçada com cadeiras e um enorme sombreiro. Os pedestres? Como sempre precisaram andar pelo asfalto, arriscando a própria vida.

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Nesses tempos de natal melhor ir aos shoppings da cidade de ônibus ou taxi. Estacionar está se tornando impossivel. Gente que trabalha em escritórios e consultorios do Itaigara, Iguatemi e Tancredo Neves aproveitam que é de graça e param lá.

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Nada mais enfadonho e sem pé nem cabeça do que a minissérie Capitu que a Globo apresentou esta semana. Apesar do estardalhaço promocional, a série não agradou e não passou de uma maluquice pseudo-feliniana que ninguem entendeu.

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A Casa da Amizade, instituição ligada ao Rotary Clube, inaugurou novas instalações esta semana durante um coquetel concorridissimo. A entidade reune senhoras ligadas ao clube e presta um belo serviço na área educacional.

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“O esplendor dos pássaros” é o tema do reveillon do Hotel Catussaba Resort, em itapuã, que será animado por duas bandas, a Kondendê e a Orquestra Fred Dantas. O tema foi escolhido para realçar o ambiente natural do hotel, situado a beira mar.

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Dia 21 de dezembro tem dança no Parque da Cidade. A facilitadora Sirlene Barreto realiza mais uma manhã com danças circulares sagradas comemorando o encerramento do ano. Vale conferir.

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Está cada vez mais dificil comprar Pão Plus Vita Light em Salvador. Os sabores Iogurte e Cenoura simplesmente sumiram das prateleiras do Bom Preço. Enquanto isso, o sabor Soja, que é horrivel, e o de Centeio, sem-graça, ficam sobrando. Ninguem quer.

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Com cerca de 20% dos votos, o cantor e compositor Gerônimo tem a preferência dos internautas para ser o Rei Momo do Carnaval 2009. Caetano Veloso está na segunda posição. O compositor Riachão tambem tem sido bem votado.


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Lojas do tipo pegue, coloque no carrinho, pague e leve estão fazendo a festa nesse natal. Uma delas, recém inaugurada na Paralela, está virando verdadeiro point nesses dias antes do natal.

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Pior é que, entre utilidades e bugingangas, os consumidores acabam gastando uma verdadeira nota pois vão enchendo os carros atraidos pelos preços unitários e esquecem de fazer as contas…

Wednesday, December 10, 2008

Selva de prateleiras

 

 

Fatima Dannemann

 

Filósofos, sociólogos, psicólogos, geralmente imersos em suas faculdades e academias, estão perdendo um grande laboratório de todas as perversões e idiossincrasias humanas. Não. Não é o submundo. Pelo contrário, é o lugar considerado mais família da face da terra: o supermercado. Sim, o supermercado em todas as suas versões. Desde os megamercados ao mercadinho da esquina passando por sua versão luxo: as delicatessen. Simples: some um governo desonesto que penaliza as pessoas com preços altos, um dia chuvoso sem opções de lazer, o binômio desigual de excesso de trabalho e escassez de salário, a solidão das grandes cidades e todos os males incubados como transtorno obsessivo compulsivo, fobia social, depressão, bipolaridade e sabe-se lá o que mais. O resultado é uma explosão de empurrões, pontapés, xingamentos, caras fechadas. Ah, e isto inclui clientes e funcionários pois ao cair das máscaras, não se salva ninguém.

Incrível o que um carrinho de supermercado e uma lista de compras produzem no ser humano. Todo seu egoísmo e espírito selvagem vem a tona. Enquanto uma dona de casa xinga os produtores de tomate porque, desde que os nutricionistas descobriram suas propriedades rejuvenescedoras, o preço disparou no mercado, outra empurra o carrinho em cima da demonstradora de uma barrinha de cereais. Lágrimas vem nos olhos da garota mas disseram a ela que "o freguês sempre tem razão" e ela apenas agüenta a dor – pior é a humilhação – calada. Pois é, ninguém pede licença para atropelar ninguém com o carrinho e quando são as promotoras que oferecem provas de salgadinho, folhetos com receita ou anunciam promoções de uma marca de shampoo. "Ninguém imagina o que eu passo aqui, desabafa a menina atropelada a única cliente que para pra perguntar se ela teve alguma coisa". Pior é a humilhação.

Nos horários de pique, o espetáculo é ainda mais deprimente e lembra velhas brigas entre as tribos primitivas. Salve-se quem puder. Empurra daqui, empurra de lá e ainda usam-se velhinhas para garantir prioridade na fila por causa da idade (delas) embora quem pague a conta, muitas vezes, tenha menos de 40 anos. É uma luta de vale tudo. Caixas fazem cera esperando a hora de ir embora. As filas adentram os corredores e clientes que passam se embolam com clientes que estão na fila em uma batalha verbal de baixíssimo calão onde nem a mãe é poupada. Se alguém abre a boca e reclama, olhares furiosos lhe fuzilam e o fiscal dispara condenando: "o senhor foi o único que reclamou". Reclamar, nos supermercados, dá em nada. Essas lojas, que estão cada vez mais self-service desde que metade dos empacotadores foram dispensados para "contenção de despesas", ignoram os direitos humanos.

Um deles, o direito de transitar em locais públicos. Que público? Um nome impresso nos saquinhos plásticos, anuncio em rádios internos lembram que aquilo lá é mais particular do que condomínio de luxo e mais: piquetes deixam de fora os pivetes e pedintes. De vez em quando um deles fura o cerco mas o segurança "aconselha" a deixar o recinto. E alguém que pode ser a mesma pessoa que envia e chora ao ler "lindas mensagens formatadas" na Internet comenta com rispidez: "ainda bem que espantaram os pivetes". Nem tanto. Eles ainda se prostam nos locais de acesso num corredor polonês constrangedor. Ou você dá ou quem sabe até morre. Mas você não tem para dar, poderia estar ali engrossando a fileira de pedintes se golpes de sorte não lhe ajudassem.

Guerra é guerra. A mídia sempre falou em guerra de preços, na época do Plano Cruzado, donas de casa enfurecidas destilaram toda sua intolerância – ou seria vontade de aparecer? – contra gerentes de supermercados por aumento de preço ou sonegação de mercadoria. Mas, os donos das lojas assistem a tudo convenientemente de longe. Alguns freqüentam colunas sociais e revistas de fofoca. Outros não fazem questão disso. Poucos devem saber o que se passa lá dentro. A imprensa pouco noticia porque sua presença não é lá muito bem vinda. Estudos científicos? Bom, os esquimós devem ter mais a oferecer sobretudo no calor dos iglus porque todo mundo pesquisa esquimós e nem a metrologia vai ao supermercado conferir que os produtos em oferta estão com sua data de validade praticamente vencida. Só que os supermercados são um prato cheio para os humanistas justamente por sua falta de humanidade. Nos corredores entupidos de carrinhos, nas filas gigantescas e nos estacionamentos onde cada cliente quer mostrar que Airton Senna não morreu transitando em velocidade elevada e se lixando para quem está a pé buscando seu carro ou indo para a loja vê-se o quão selvagem é o ser humano. Mas fale disso com eles e...

Monday, December 08, 2008

Algumas notas sobre festas baianas

by Fatima Dannemann
 

hoje é dia de festa na Bahia:  Conceição da Praia, uma das mais belas festas religiosas da cidade que, infelzimente, foi engolida pelo lado profano que ficou violento…

A Igreja da Conceição, para quem não é baiano, é um belissimo exemplar da arquitetura Barroca situada na cidade baixa, praticamente aos pés de um de nossos cartões postais, o Elevador Lacerda.

Sua fachada é de pedras que foram trazidas de portugal numeradas, como lastro de navio. É nessa igreja que está enterrada Irmã Dulce. Sendo uma das mais bonitas da cidade, é uma das mais procuradas para casamentos e a reserva precisa ser feita com mais de um ano de antecedência.

Bom, outra festa dos últimos dias foi a de Santa Bárbara, 4 de dezembro, que tem procissão, saindo do Corpo de Bombeiros, na Baixa dos Sapateiros, e caruru em vários pontos da cidade. A ritualistica e o menu do caruru é semelhante a de São Cosme, sendo oferecido a sete meninas em caso de pagar promessa.

A próxima festa do calendário baiano será a de Santa Luzia, no dia 13 de dezembro. Santa Luzia protege a visão e é padroeira da cidade siciliana de Siracusa. Aqui em Salvador, sua devoção fica concentrada na Igreja do Pilar, na Cidade Baixa, onde acontece a festa de largo e onde milhares de pessoas vão lavar os olhos na fonte milagrosa.

O que muita gente se esquece é que a primeira festa do ciclo de verão acontece em novembro e não é muito divulgada: é a festa de São Nicodemus, no Cais do Porto, também com caruru e procissão.  A mistura religião x festa profana continua até fevereiro quando acontece a maior explosão de alegria do mundo, o Carnaval Baiano.