Não, não gostei da temporada de Malhação Vidas Brasileiras que entrou em cartaz este mes. Não só sinto falta de Keyla, Lica, Tina, Ellen e Benê, do clima de amizade, de superação, e da leveza própria da adolescencia, como acho que nessa nova Malhação está sobrando mau carat -= er, traição, roubos, mentiras. Está virando O Outro lado do paraiso teen com pequena ajuda de uma noviça rebelde que na verdade é professora.
Os globobos de plantão vão dizer. Mas, isso é a realidade. Eu digo: não vejo novela querendo reprise da realidade. Para isso tem o jornal que me dá triste noticias como a dos dois meninos baleados em colégios publicos aqui de Salvador. Um, o Carneiro Ribeiro, um colégio tradicionalissimo aqui da cidade, destaque nos velhos tempos das Olimpiadas da primavera, situado em um bairro familia da cidade (pelo menos era familia) a Lapinha. O outro na Armação, não lembro o nome, um dos bairros da Orla que mais crescem e ganham espigões de luxo.
Que a culpa não seja da Globo e sua ridicula Malhação Vidas Brasileiras - que deus a leve logo para o rol das temporadas esquecidas, embora o suplicio esteja apenas começando. Mas a culpa é da banalização da vida e da violência que tomou conta do Brasil e do mundo nos ultimos anos. Sim, do mundo, porque vira e mexe isso acontece nos todos poderosos Estados Unidos da América. Um maluco chega atira e mata os coleguinhas. Mas é preciso dar um basta.
Nenhuma vida é banal. Todos os seres são preciosos e unicos para alguem ou quando nada para a divindade na qual acreditam (ou não).
Pior de tudo foi o silêncio que reinou nas redes sociais depois das duas tentativas de homicidio (não sei se morreram, então não falo em assassinato). Como se um adolescente pudesse morrer a vontade que não faria falta. E se essa epidemia chega as escolas particulares? E se sai das escolas e chega aos shoppings? E se sai dos shoppings e chega aos condominios, casas, praias? Teremos projetos de adultos armados até os dentes matando a migué qualquer pessoa que ache que lhe desagrade a troco de nada.
Pais, esducadores, tios, vizinhos, amigos está na hora, aliás, talvez tenha até passado da hora de ajudar essa moçadinha. Há um grito preso nas gargantas: estou aqui. Talvez os pais estejam tão ocupados ganhando o sustento da familia ou tenham suas próprias questão e se esqueçam dos filhos. Talvez, muitos meninos não tenham em casa aquilo que se espera de uma familia: educação, exemplo, orientação, e até carinho. Os professores jogam a responsabilidade nos pais que devolvem as escolas e ai mora o perigo: o menino é adotado por traficantes, ou pedofilo, ou por malucos como o cara que inventou o Baleia Azul. Dá no mesmo.
As escolas tambem precisam rever seus conceitos e suas formas de educar. Ficar numa sala calorenta, apertada, sem muitas vezes ventilação e luz, enquanto um professor derrama uma verborreia sem nem perguntar se os meninos entenderam é de lascar o cano. Nos meus tempos de estudante isso me levava a loucuras como lascar o livro de fisica depois de pedir mil vezes ao professor para repetir. Mas isso acho foi o máximo de violência que alguem do meu tempo cometeu: rasgar um livro enquanto gritava feito doida. Ou tocar fogo na sala da aula dançanddo "bat macumba" como eu soube que fizeram. Hoje, o sufoco é pior: se estende pelo medo nas ruas, pela herança nefasta dos ultimos desgovernos, por todo o clima no mundo. Hoje, ninguem rasga livro: atira nos coleguinhas. Perde um possivel amigo, e ainda se queima pelo resto da vida. A culpa não é só da Globo. Mas os meninos precisam de um tom de esperança em suas vidas. Chega de maus exemplos.
#365cronicasbymfd #cronicasbyfatima
Os globobos de plantão vão dizer. Mas, isso é a realidade. Eu digo: não vejo novela querendo reprise da realidade. Para isso tem o jornal que me dá triste noticias como a dos dois meninos baleados em colégios publicos aqui de Salvador. Um, o Carneiro Ribeiro, um colégio tradicionalissimo aqui da cidade, destaque nos velhos tempos das Olimpiadas da primavera, situado em um bairro familia da cidade (pelo menos era familia) a Lapinha. O outro na Armação, não lembro o nome, um dos bairros da Orla que mais crescem e ganham espigões de luxo.
Que a culpa não seja da Globo e sua ridicula Malhação Vidas Brasileiras - que deus a leve logo para o rol das temporadas esquecidas, embora o suplicio esteja apenas começando. Mas a culpa é da banalização da vida e da violência que tomou conta do Brasil e do mundo nos ultimos anos. Sim, do mundo, porque vira e mexe isso acontece nos todos poderosos Estados Unidos da América. Um maluco chega atira e mata os coleguinhas. Mas é preciso dar um basta.
Nenhuma vida é banal. Todos os seres são preciosos e unicos para alguem ou quando nada para a divindade na qual acreditam (ou não).
Pior de tudo foi o silêncio que reinou nas redes sociais depois das duas tentativas de homicidio (não sei se morreram, então não falo em assassinato). Como se um adolescente pudesse morrer a vontade que não faria falta. E se essa epidemia chega as escolas particulares? E se sai das escolas e chega aos shoppings? E se sai dos shoppings e chega aos condominios, casas, praias? Teremos projetos de adultos armados até os dentes matando a migué qualquer pessoa que ache que lhe desagrade a troco de nada.
Pais, esducadores, tios, vizinhos, amigos está na hora, aliás, talvez tenha até passado da hora de ajudar essa moçadinha. Há um grito preso nas gargantas: estou aqui. Talvez os pais estejam tão ocupados ganhando o sustento da familia ou tenham suas próprias questão e se esqueçam dos filhos. Talvez, muitos meninos não tenham em casa aquilo que se espera de uma familia: educação, exemplo, orientação, e até carinho. Os professores jogam a responsabilidade nos pais que devolvem as escolas e ai mora o perigo: o menino é adotado por traficantes, ou pedofilo, ou por malucos como o cara que inventou o Baleia Azul. Dá no mesmo.
As escolas tambem precisam rever seus conceitos e suas formas de educar. Ficar numa sala calorenta, apertada, sem muitas vezes ventilação e luz, enquanto um professor derrama uma verborreia sem nem perguntar se os meninos entenderam é de lascar o cano. Nos meus tempos de estudante isso me levava a loucuras como lascar o livro de fisica depois de pedir mil vezes ao professor para repetir. Mas isso acho foi o máximo de violência que alguem do meu tempo cometeu: rasgar um livro enquanto gritava feito doida. Ou tocar fogo na sala da aula dançanddo "bat macumba" como eu soube que fizeram. Hoje, o sufoco é pior: se estende pelo medo nas ruas, pela herança nefasta dos ultimos desgovernos, por todo o clima no mundo. Hoje, ninguem rasga livro: atira nos coleguinhas. Perde um possivel amigo, e ainda se queima pelo resto da vida. A culpa não é só da Globo. Mas os meninos precisam de um tom de esperança em suas vidas. Chega de maus exemplos.
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