A hashtag diz 365 cronicas. Mas eu nunca falei que seria uma por dia. Tem dias que eu não escrevo nada. Tem dias que sai mais de uma. Então que sejam 365. Marquei uma data para parar. Março de para o ano. Pensei numa maluquice: juntar tudo em um livro. Não, ninguem ia publicar. Não são bilhetes de um pai desenganado para a unica filha, não são listinhas bobas que todo mundo ri, apenas meus recadinhos nesse mundo facebookiano que de vez em quando eu republico em meus posts.
Pensando bem: 365 dias é muito. No dia a dia, não sentimos o tempo como tempo, algo eternamente divisivel e "multiplicavel". Achamos que o tempo passou rapido, que não houve tempo de fazer nada. É que não computamos coisas organicas como quantas vezes por minuto nosso coração pulsa, quantas respiradas em uma hora, e o piscar dos olhos. Dá tempo de tudo isso e mais: comer, dormir, sonhar, fazer planos, ir ao banheiro, tomar banho, vestir uma beca legal, ligar para os amigos, trabalhar, falar coisas tristes ou coisas engraçadas, rir, chorar, ler, enfim viver.
Lembro do musical Rent - que ninguem viu porque não é bonitinho feito A Bela e a Fera, nem tem standards chatoides como O Fantasma da Opera. Mas eu vi, adorei, tenho o CD da trilha sonora, vi o filme e recomendo. Uma das musicas fala sobre como podemos medir um ano, quantos minutos, segundos, risos, lagrimas e copos de cafezinho. Ei!!! Meus leitores atentos (eu tenho varios e sei disso) vão dizer que já escrevi sobre isso. Mas é só uma forma de falar sobre o tempo. Meu sobrenome nem é Hawkins nem Einstein e eu não fui lá uma aluna muito brilhante em fisica (leiam minha outra cronica e lembrem que eu lasquei um livro).
Uma vez participei de um trabalho de meditação - acho que foi no Espaço Mahatma Gandhi que eu recomendo a todo mundo que conhecam. O professor pedia que lembrasse tudo que nós fizemos desde a hora que acordamos. Isto com detalhes tipo "abri os olhos, levantei, fui ao banheiro, etc etc etc. Coisa que Deus duvida. Não fosse isso eu resumiria em meia duzia de pensamentos: sai, fui para o jornal, fiz minhas duas materias, voltei. Com riqueza de detalhes o tempo parece que nos ajuda.
Ha, eu sei que tem horas que o tempo não passa. Na cadeira do dentista, por exemplo. Você reza para que aquele maldito tratamento de canal acabe logo.Mas no meio do processo a atendente aparece "doutor, telefone de sua casa". Até o dentista responder que não pode atender parece que o tempo congelou. Ou nos momentos de espera. A espera muitas vezes é angustiante. Antes de uma cirurgia, principalmente. Ou antes de qualquer consulta médica. O tempo para. Ou parece que para. Não é aquele mesmo tempo em que tudo rende e se multiplica em nossa vida. Mas um tempo em que sentimos presos, inuteis.
E assim é esse que chamamos tempo, eterno, mas implacavel, longo, mas breve, tempo que serve até para medir distância entre os homens e as estrelas. Ou entre os ma seres humanos e seus próprios sonhos.
#365cronicasbymfd #cronicasbyfatima
Fatima Dannemann Jornalista que ia escrever uma coisa, saiu outra mas gostou do resultado.
Pensando bem: 365 dias é muito. No dia a dia, não sentimos o tempo como tempo, algo eternamente divisivel e "multiplicavel". Achamos que o tempo passou rapido, que não houve tempo de fazer nada. É que não computamos coisas organicas como quantas vezes por minuto nosso coração pulsa, quantas respiradas em uma hora, e o piscar dos olhos. Dá tempo de tudo isso e mais: comer, dormir, sonhar, fazer planos, ir ao banheiro, tomar banho, vestir uma beca legal, ligar para os amigos, trabalhar, falar coisas tristes ou coisas engraçadas, rir, chorar, ler, enfim viver.
Lembro do musical Rent - que ninguem viu porque não é bonitinho feito A Bela e a Fera, nem tem standards chatoides como O Fantasma da Opera. Mas eu vi, adorei, tenho o CD da trilha sonora, vi o filme e recomendo. Uma das musicas fala sobre como podemos medir um ano, quantos minutos, segundos, risos, lagrimas e copos de cafezinho. Ei!!! Meus leitores atentos (eu tenho varios e sei disso) vão dizer que já escrevi sobre isso. Mas é só uma forma de falar sobre o tempo. Meu sobrenome nem é Hawkins nem Einstein e eu não fui lá uma aluna muito brilhante em fisica (leiam minha outra cronica e lembrem que eu lasquei um livro).
Uma vez participei de um trabalho de meditação - acho que foi no Espaço Mahatma Gandhi que eu recomendo a todo mundo que conhecam. O professor pedia que lembrasse tudo que nós fizemos desde a hora que acordamos. Isto com detalhes tipo "abri os olhos, levantei, fui ao banheiro, etc etc etc. Coisa que Deus duvida. Não fosse isso eu resumiria em meia duzia de pensamentos: sai, fui para o jornal, fiz minhas duas materias, voltei. Com riqueza de detalhes o tempo parece que nos ajuda.
Ha, eu sei que tem horas que o tempo não passa. Na cadeira do dentista, por exemplo. Você reza para que aquele maldito tratamento de canal acabe logo.Mas no meio do processo a atendente aparece "doutor, telefone de sua casa". Até o dentista responder que não pode atender parece que o tempo congelou. Ou nos momentos de espera. A espera muitas vezes é angustiante. Antes de uma cirurgia, principalmente. Ou antes de qualquer consulta médica. O tempo para. Ou parece que para. Não é aquele mesmo tempo em que tudo rende e se multiplica em nossa vida. Mas um tempo em que sentimos presos, inuteis.
E assim é esse que chamamos tempo, eterno, mas implacavel, longo, mas breve, tempo que serve até para medir distância entre os homens e as estrelas. Ou entre os ma seres humanos e seus próprios sonhos.
#365cronicasbymfd #cronicasbyfatima
Fatima Dannemann Jornalista que ia escrever uma coisa, saiu outra mas gostou do resultado.
No comments:
Post a Comment