Thursday, August 28, 2008

Fogueira de Vaidades


 Fatima Dannemann

         Quem nunca sonhou com os holofotes da fama? Bom, toda regra tem exceção. Tem gente que detesta mesmo aparecer, ostentar ou mesmo ser notícias. Greta Garbo, por exemplo, um belo dia pediu que a esquecessem e foi viver na reclusão do anonimato até morrer. Quase anonimato. La Garbo virou lenda exatamente por isso. Woody Alen, também, preferiu tocar num jam-session com amigos do que comparecer a cerimônia de entrega do Oscar. Ele nunca mais ganhou um Oscar, mas virou noticia por causa disso. Mas, muita gente sonha com os holofotes da fama, faz peripécias e mirabolâncias pensando em sair na "Caras" ou na "Chiques e Famosos" até que um dia sua privacidade vai por água abaixo e...
          Bom, geralmente culpam a imprensa. Mas, será que é mesmo a imprensa a "culpada" por certos "equívocos"? Ou seria a opinião pública sempre ávida de notícias? Ou a própria celebridade que não pensa nas conseqüências desastrosas da fama enquanto posa para fotografias em festas, casamentos, coquetéis e baladas? O assunto é complexo e vêm a tona através da nova novela das oito, Celebridade, assinada por Gilberto Braga, um dos teledramaturgos mais competentes do cast da Globo. Diria que não existe um único culpado, mas um conjunto de fatores que passam desde a vaidade exarcebada de algumas personalidades a própria avidez de informação da população como um todo. E de idéias distorcidas como a de que "é chique parecer chique e estar em lugares freqüentados por pessoas bonitas e bem sucedidas". Convenções, portanto.
         Enuanto Malu Mader é foco central de uma fictícia revista de fofocas na novela das oito, o europeu, que sempre ditou modas e regras de comportamento, passa justamente por uma reviravolta em seu comportamento. Ou começa a notar que melhor do que 15 minutos de fama e muita ilusão, é ter uma vida mais verdadeira e portanto, mais simples e descomplicada. Resultado: começa a ser chique ser discreto, simples, não ostentar bens de consumo nem símbolos de status, e não querer aparecer. Isso é uma semente que apenas começa a germinar nos supercivilizados centros europeus da França e Itália. Depois de décadas de hippies, punkies, yuppies e peruas, de exuberância e excesso de griffes e brilhos por centímetro quadrado, há quem fale que essas pessoas – principalmente as que deviam ser chiques e famosas – estão se voltando para seu próprio interior e se despojando de tudo o que consideram supérfluo – embora não fique claro se nota em coluna social ou foto nas revistas de fofoca. 
        O fato é que certas noticias e fotografias são consideradas símbolo de status e vista pelo resto  do mundo como sinônimo de pessoas bem sucedidas e felizes. Claro que num futuro distante, quando biografias autorizadas e não autorizadas começam a circular, morre o mito e vêm a decepção do leitor comum em ver que aquela pessoa linda, maravilhosa, bem sucedida era apenas um alguém como outro qualquer, com medos, angústias, tristezas, problemas, enfim, todas as neuras que os mortais que apenas sonham com os holofotes possuem.
       Culpam apenas a imprensa por estragos causados na vida de algumas pessoas por conta da "invasão de privacidade" (que é relativa por que em ocasiões festivas ela é considerada positiva e bem vinda). Mas, não é a atitude de uma parcela da imprensa e um punhado de profissionais, muitos dos quais apenas cumprindo ordens,  a única culpada. Talvez seja o momento de todos pararem para pensar até onde leva os risos fashions das revistas, e adotar um estilo mais zen e mais discreto de ser.


Eu quase não vi o País de Gales

Fatima Dannemann

 

               Eu quase não vi o País de Gales. Na ida, passei meio rápido por Cardiff, na volta, dormia meio trôpega. Mal deu tempo de parar em Snowdon e comprar dois discos celtas. Para conciliar as cervejas do pub com horas de sossego é preciso algo mais lento. Eu vi lagos, castelos, ruínas, um mar que me lembrou aventuras medievais. Bonito. Tudo lindo e mágico como todas as Ilhas – britânicas ou não – cercadas de água por todos os lados e povoados por histórias, lendas, pelo imaginário e pelo real. Ali era assim, pelo pouco que eu vi. Bonito. Calmo, ou quase isso. Vi Cardiff à noite e de manhã meio cedo. E na volta passei por lugares nunca imaginados. Mas vi muito pouco.

                Cardiff é bonita, segura e o povo de lá simpático quando dizemos please e eles abrem portas e escancaram janelas. Ninguém consegue pronunciar aqueles nomes enormes em letrinhas bonitinhas no idioma extra-oficial do país, gaélico. Eu nem tento. Preferi sentar num pub e pedir "a pint" porque nem precisa completar de que. O copão de cerveja vem meio quente, mas nem precisa ser gelado. O país de Gales, no final do outono, é bem frio. Frio, mas verde, nos vales e fora deles, até mesmo no jardim do antigo Castelo.

                 E o primeiro castelo medieval quase em ruínas ninguém esquece. Eu não esqueço o Castelo de Cardiff – que vi pouco. Ia jantar lá, mas alguém do grupo disse que não haveria jantar. Ninguém foi. Acabei comendo um spaghetti completamente italiano sem qualquer vestígio de sotaque celta. Longe do castelo, mas na rua principal das baladas galesas, cheias de pub, restaurantes e monte de gente andando a pé, pois lá, andar a pé é seguro. Ninguém incomoda ninguém.

                 A imagem do castelo vira monte de fotografias. Eu faço pose com suéter americano, subo escadas, deixo a imaginação voar e fico pensando: como seria o castelo nos tempos em que o rei da Inglaterra garantiu a autonomia local dando seu filho mais velho como príncipe local. O castelo é tão grande, que de fora ninguém imagina. E sua imagem é tão imponente que só depois eu lembro que este não foi meu primeiro castelo medieval. O de Montreux veio antes.

                  Mas a travessia de Fishguard para a Irlanda, sim, foi o primeiro cruzeiro maiorzinho do que um passeio de escuna. Esse marca. Principalmente porque o mar joga e o barco sobe, desce e cai em meio às ondas. Me senti Isolda levada por Tristão num caminho de volta, mas num barco transadinho com freeshop onde comprei monte de perfumes "made in France", fast-food onde tracei um belo combinado de hambúrguer (naqueles tempos eu ainda comia hambúrguer) com batatas fritas regada a coca-cola, naturalmente. Isolda nunca ousaria. Mas eu também não beberia filtros mágicos...

                  Gales ficou para trás. Não sei quando volto por lá. Mas me sinto "em falta" com o país, que os ingleses esnobam achando meio "caipira" (mas quem os ingleses não esnobam?). Lembro de Cardiff, o porto remodelado com belos prédios residenciais, comerciais, área de lazer e o porto mesmo transferido para outro lugar, que nem aconteceu em Liverpool. Lembro de Snodownia, um belo parque com lagos, altas montanhas e um clima que lembra histórias de cavaleiros e dragões. Saltar na estrada em meio ao frio para uma foto. Aventura. Cerveja na lojinha dos discos celtas. Sanduíche de ovo no meio do caminho.

                 E na volta o caminho é diferente. Vamos pulando de ilha em ilha em meio a fazendas lotadas de ovelhinhas com a poupança suja de azul ou rosa (a marca do carneiro que será o pai dos prováveis futuros filhotes), em meio a menires, templos, castelos, muros de pedras que nem os da fazenda de E o vento levou... Ah, e o mar. Meio bêbada de sono e cerveja, lembro de abrir os olhos e ver praia aqui e ali, o que, em ilha, não é nenhuma novidade. O sorriso das pessoas marcou. O azul dos olhos e o cabelo loiro das crianças me fez lembrar Roberta, minha sobrinha. A boa vontade em agradar as pessoas me fez lembrar Maysa, minha prima. Eu quase não vi o país de Gales. Passei por lá muito rápido. Mas o que vi ficou na lembrança. E isso basta.

 

Salvador, 12.04.2007

Thursday, August 21, 2008

O Acre existe. E o Rio de Janeiro também.

Fatima Dannemann

 

            

            Você conhece alguém do Acre? Você já viu alguma foto do Acre? O Acre existe ou é uma lenda criada pelos extra-terrestres? Antes que alguém possa rir, aviso, isso é serio e ocupa várias páginas da busca do Orkut. Várias comunidades foram criadas apenas para discutir se o estado mais a oeste do Brasil existe de verdade ou "é uma obra de ficção". O Acre existe, claro. É tão real quanto o Rio de Janeiro, apenas não aparece na mídia. Assim como não aparecem Rondônia, Roraima, Amapá, e mesmo os mais "chiques" Mato Grosso, Amazonas e Pará. Mas destes três, ninguém duvida. Pipocam comunidades para discutir existência de um Brasil pouco visto, pouco conhecido, pouco mostrado e visitado embora, quem se digna a pesquisar fotos e sites descobre lugares interessantes, sítios históricos e vários endereços que, se o Brasil fosse outro Brasil, seriam um must entre os turistas que têm cultura e dinheiro.

            Distantes dos grandes centros, desprezados pela mídia, esquecidos pelas agencias de turismo (até porque são estados carentes de infra-estrutura e de investimentos na área de turismo e hotelaria), os ex-territórios promovidos a estado sequer são nomes de rua em cidades como Salvador onde Acre e Amapá continuam sendo chamados de "território" e Rondônia e Roraima ainda são Guaporé e Rio Branco. A culpa, dizem, é da mídia, especialmente da televisão, que só mostra o norte do país  quando há crimes como a morte de Chico Mendes, escândalos políticos, como o que envolve os deputados de Rondônia, ou conflitos indígenas, enquanto as novelas insistem em mostrar cidades violentas como o Rio

como verdadeiros paraísos onde ninguém nem trabalha e só vivem na praia pegando onda. Não é assim não, violão.

            A culpa é da mídia e é também da própria sociedade que adora estereótipos. Para muita gente, baiano come acarajé o dia inteiro e toma banho com água de coco, qualquer nordestino tem cabeça chata e os gaúchos são homossexuais somente porque o modelo da calça de seus trajes típicos é um bocado estranho. No caso do Acre, o mais grave é que professores de geografia são os primeiros a fazer piadinhas sobre a não existência do estado. Tudo bem que ninguém nunca ouviu a locutora do aeroporto dizendo: "passageiros com destino a Rio Branco, embarque imediato no portão tal". Mas, sabe-se lá quantas conexões são necessárias até sair do todo poderoso – e de certo modo racista -  Sudeste  até os confins do Norte do Brasil? Apesar disso, moradores de Rondônia (tão longe quanto o Acre, mas atualmente mais famoso por motivos pouco elogiosos – a questão dos deputados) já chegaram a Bahia e de carro.

            As comunidades podem ser engraçadas, ter tiradas de humor, mas revelam algo muito triste alem do descaso para com o norte do Brasil e o esquecimento da mídia: a ignorância dos estudantes brasileiros. Muitos não se abalam em aproveitar o "gancho" para pesquisar ou mesmo procurar fotos e conhecer esses lugares (incluindo Roraima, Amapá e Rondônia) um pouco mais. Preferem todos ficar na gaiatice embora os moradores, nativos e simpatizantes do Acre, Rondônia, etc, tenham criado comunidades pra falar de seus estados e cidade.

            Enquanto a discussão persiste no Orkut, algumas comunidades dizem que "Acre is a lie" outras dizem que "O Acre existe, ora" logo no titulo, há quem aproveite para fazer gracinhas e digam que bem que a globo podia fazer uma novela em que a mocinha iria migrar para o Acre em busca de uma melhor qualidade de vida com mais verde e mais ar puro em vez da poluída e conturbada Miami. Talvez assim, América fizesse mais sucesso. Aliás, falando em América, advinhem para onde o pai de Tião se muda nos primeiros capítulos da novela? Será que foi por isso que o diamante que ele achou na Mina nunca chegou a sua família?

 

A loira de Liverpool

Fatima Dannemann

 

 

             Liverpool amanheceu ensolarada naquele domingo. Pelo menos teoricamente, era manhã. Lá pelas sete horas, quase isto, um pouco menos. Mas, ainda havia noite cerrada. Um grupo descia para o café da manhã no mesmo hotel onde o Liverpool, time de football, amargava a derrota contra outro time por algo próximo a 3x2, e uma moça descia o elevador ainda em trajes de noite. Tinha os olhos visivelmente vermelhos. Teria chorado?

          Ela parecia decepcionada e não parava de tentar uma ligação telefônica de todos os aparelhos disponíveis no local.

         _ Será que ela caiu na mão dos hooligans?, cochichavam os amigos que tomavam o café  boquiabertos de ver que a noite do Outono Inglês pode durar bem mais que um amanhecer tardio. E os resultados tanto poderiam ser deecpcionantes, como no caso da moça chorosa e que, alias, vestia uma jaqueta prateada, ou supreendentes, como no caso de duas morenas frajolas que desciam o elevador às gargalhadas justamente quando o grupo que acordava provava as toasts  (torradas) com raspberry  jam (a velha e boa geleia de framboesa, diga-se de passagem) de seu breakfast.

          Para aquele grupo, a moçoila de jaqueta prateada, nervosa, doida para conseguir uma ligação, possível presa dos hooligans ou quase isto, parecia um personagem de filme de suspense.

           _ Seria a vítima ou a criminosa?, especulavam os comensais à mesa.

          Era loira como as protagonistas dos filmes de Hitchcock. Estava visivelmente em crise.

         _ Foi por isso que Liverpool inspirou os Beatles. Por causa dessa vida desvairada.

          Na porta da legendária cavern club, a boate onde os Beatles começaram sua carreira e que nem é mais a original, mas uma reconstrução mais que perfeita, garrafas quebradas, latas amassadas, copos plásticos, camisinhas usadas e outras coisas mais.

          _ Parece a Praça Castro Alves depois do carnaval.

          _ Cansada?

          _  Não, decadente e degradante, apenas com o lixo da festa e mais nada.

          Liverpool inspira música não por seus muros de tijolo vermelho ou por suas casas idênticas, mas por seus ares de submundo.

            O lixo no ponto histórico da cidade portuária inglesa parecendo o lixo legitimamente baiano. A moça loira da jaqueta prateada chorando as dores de amores fazem jus aos Beatles. A vida é louca como uma canção piscodélica e é sempre a mesma coisa, não importa o local. Acorda-se para ver o sol nascer em Liverpool, às 7 horas'. Não, não tem sol. É noite cerrada. Aqui tem sol. Mas ninguém tem tempo de reparar nesses detalhes. A moça loira chora ao telefone. As duas moças morenas riem frenéticas. Enquanto isto, outros tomam o café da manhã. E a vida, como um show, must go on and on and on...

 

Tuesday, August 05, 2008

DVD: Sinais


Filme reacende a velha questão da vida fora da terra

Fatima Dannemann

Dizem as más línguas, que todas as vezes que um pais ou ideologia ameaça a supremacia norte-americana, Hollywood contra-ataca com filme sobre ETs. Teria sido assim na década de 50 quando uma série de filmes sobre aliens, discos-voadores e invasão do planeta simbolizava a ameaça soviética da guerra fria.
Com Saddan Hussein, veio Independence Day, agora, depois do 11 de setembro de 2001, surge Sinais, com Mel Gibson. Seja como for, o filme apenas traz de volta uma velha pergunta: "existe vida fora da terra?"
A Bahia, estado brasileiro situado na Região Nordeste tem sido alvo de aparições esquisitas. Ninguem sabe explicar o que viu, dizem apenas que "não era coisa desse mundo". Em 96, um médico em Conceição do Almeida chegou a filmar pontos luminosos misteriosos no céu. O assunto foi parar no Fantástico, chegou a ser estudado por vários ufologos, mas tudo parou por ai. Dois anos mais tarde, uma jam session numa delicatessen de posto de gasolina de Salvador foi subitamente interrompida quando um objeto luminoso "caiu" do céu.
Esta queda, levou uma pequena multidão a uma localidade perto de Dias D'Ávila onde muita gente jura que viu cair um disco voador. Misteriosamente, ninguém encontrou nada, e a explicação oficial foi a de uma queda de um balão meteorológico, no mar. Misteriosas luzes foram avistadas dias antes do fenômeno, e umas delas chegaram a ser captadas, sem querer, pela lente de um fotógrafo de jornal. A versão de ufólogos baianos é a de que existiria uma base de ufos no oceano, ao largo da Bahia, e por isso as aparições são frequentes.
Locais como Chapada Diamantina, Jequiriçá e Reconcavo são alvos de frequentes avistamentos. Em Morro do Chapéu, anos atrás, alguem chegou a anunciar a construção de um "aeroporto para discos voadores". Gozação ou não, o fato é que enquanto o ET de Varginha mobilizava a opinião pública, fazendeiros baianos tiveram animais mortos misteriosamente. O caso aconteceu em diversas localidades do Reconcavo e próximas a Feira de Santana, segundo municipio do estado, a 108km de Salvador.
Tudo era precedido de estranhas luzes, latidos de cachorros assustados com algo que seus donos não viam. No dia seguinte, reses apareciam com perfurações no corpo. Algumas morriam instaneamente, outras morriam dias mais tarde. Nenhum veterinário se arriscou a um diagnóstico mais preciso.
Se isto aconteceu no final dos anos 90, antes disso os mistérios extra-planetários já rondavam a terra. Mesmo antes de Steven Spielberg encantar o mundo com ET, um avião da Vasp foi seguido por luzes misteriosas no percurso Fortaleza-São Paulo.
Sinais como os do filme protagonizado por Mel Gibson existem em diversos países e intrigam os estudiosos por não se parecerem com nada existente na terra. Muitos deles se encontram no interior da Inglaterra e apesar de intensamente estudados, nunca foi encontrada explicação para eles.

Ufologia atrai curiosos e estudiosos

Mesmo que não seja reconhecida "oficialmente" como ciência, a ufologia atrai curiosos para estudar aspectos ligados a vida fora da terra. Ramos mais esotéricos afirmam que o que chamamos estrelas, na verdade, são planetas mais evoluidos e nesses planetas morariam seres também mais evoluidos que os "terráqueos", muitos dos quais seriam mentores e protetores do nosso planetinha azul. Muitos desses seres, aliás, teriam vindo a terra para guiar a humanidade e o planeta em sua evolução e mudanças de plano evolutivo. Ou simplesmente proteger a terra contra ameaças alienígenas.
Isto teria acontecido durante a mudança do quarto para o quinto plano evolutivo. Foi quando seres de planetas menos evoluidos ou em crise teriam chegado a terra para se aproveitar da evolução do planeta e corromper a humanidade até então ingênua e dentro das leis. Esta queda seria ligada a destruição de Atllântida, o misterioso continente perdido.O mundo ocidental judaico-cristão rejeita a teoria de vida fora da terra, mas há quem associe "os anjos caidos" e a presença de grandes homens como Buda, Cristo, e outros profetas a extra-terrestres.
Claro que líderes religiosos e os meios científicos ficam irritados ao ler essas declarações. Mais de um ufólogo conta já ter sido ridicularizado e perseguido pelo mundo 'oficial", mas um deles, que pede a jornalista reserva quanto a sua identidade, diz que "há 500 anos, pensava-se que a terra era chata, descobriu-se a América e que o mundo é redondo. E há coisas inexplicáveis. Se a temperatura de vênus é tão alta como pregam os cientistas, porque as sondas espaciais enviada a esse planeta nunca sofreram avarias devido ao calor?"
A pergunta fica no ar. Enquanto isso, a Nasa descobre sinais muito semelhantes ao da terra em luas de Jupiter e formas primitivas de vida em meteoritos caidos de marte. Isto, sem contar planetas extra-sistema solar descobertos...

Hollywood e os ETs

Mistério sempre há de pintar por ai, diz a música. Pelo menos no cinema, existe vida fora da terra. Seja em fábulas delicadas como ET, de Spielberg, ou Cocoon, filme em que um grupo de idosos é levado a um planeta misterioso onde poderão rejuvenescer e viver eternamente, seja em versões mais violentas como os filmes da série Alien, com Sigourney Weaver.
Más línguas não faltam para associar os ETs do cinema ao medo dos americanos em perder sua supremacia global. O gênero floresceu na década de 50, em plena guerra-fria. Na década de 60, houve alguams incursões no gênero, como 2001 uma odisseia no Espaço.
Nos anos 70, dois jovens egressos das fileiras da Universidade da Califórnia, retomavam os filmes B da década de 50, davam charme, efeitos computadorizados. Quem são eles? Steven Spielberg e George Lucas. Os dois, isoladamente, assinaram ET, Guerra nas Estrelas, produziram e apoiaram projetos de aventuras extra-espaciais. nquanto isso, na TV, séries como Jornada nas Estrelas arrebataram uma imensa e fiel legião de fãs.
Na década de 90, Independence Day chegou a ser encarado como uma resposta de Hollywood a ameaça de Saddan Hussein e depois do atentado de 11 de setembro, foi visto como profético por alguns observadores.
Enquanto isso, ufólogos, esotéricos e bichos-grilos, se reunem em lugares como Sedona, Arizona, ou a área 51, no Novo Mexico, para tentar manter contatos imediatos de terceiro grau. Isto porque nem todos os ETs seriam malvados como os da série Alien. Que o digam as revistas em quadrinho: Super-Homem nada mais é que o ET Kal-El, vindo diretamente de Kripton para salvar o mundo de ameaças malignas como Lex Luthor.

Saturday, August 02, 2008

tutti frutti e hortelã

Que a lei seca é necessária, é. Mas que é preciso educar o povo para andar nas ruas (a pé, de carro, de moto, e de carinho de supermercado) também. O que se vê nas ruas são verdadeiras tentativas de assassinato.
 
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Aliás, a falta de respeito campeia e não faltam aulas na TV. Seja no real, nos noticiários. Ou mesmo nas novelas. Em Chamas da Vida, novela da Record, uma filha assalta a casa dos pais e ainda chama isto de "fazer um ganho".
 
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Isso prova que violência e crime não é questão de educação ou condições financeiras (a menina é rica). Muitas vezes é coisa de índole mesmo: infelizmente, a maldade existe e nem todo mundo controla sua própria maldade.
 
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Falando em novela, diz-se por ai que Juliana Paes reclamou do pouco destaque de sua personagem em A Favorita. Ganhou o papel principal da próxima novela (que será de Gloria Peres) e assim Maira será assassinada em breve.
 
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Quem será a criminosa? Donatela ou Lara? Donatela é tudo o que a maioria das pessoas abomina: uma perua arrogante que só liga para as aparencias agora transformada em mais uma chorosa qualquer. Lara é mais simpática mas...
 
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A questão importante hoje não gira mais em torno de personagens de novela. Até nos salões de beleza conversa-se hoje sobre a situação do país. Para muitos, oito anos depois de Lula, o pais não é o mesmo. Para muitos: mudou para pior.
 
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E a Globo vive desmentindo e se explicando: porque viajou num avião da FAB para cobrir a viagem de Lula, para onde vai o dinheiro do Criança Esperança. Sinal que a todo-poderosa não é invulnerável mesmo.
 
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Com medo da audiência que Pantanal, quase 20 anos depois, ainda consegue, Globo e Record resolvem caprichar nas cenas mais ousadas. Até na novela Os Mutantes, da Record, que é "mais cedo" os personagens tem furunfado bastante.
 
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Analisando bem, antes cenas de sexo do que cenas de violência. Infelizmente as emissoras ainda capricham nessas coisas. E Dado Dolabela aparece matando o próprio sogro em Chamas da Vida. Pior: desovando o cadáver em um terreno vadio. Lamentável.
 
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Bonita iniciativa, na sexta-feira, ao meio dia, os sinos das igrejas baianas repicaram ao mesmo tempo em memória das vitimas da violência que, infelizmente, têm crescido em Salvador. Mas será que alguem prestou atenção nisto?
 
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Entrevista de executivos, professores e estudantes de universidades baianas têm sido dificeis de entender. Eles parecem mais interessados em mostrar que decoraram todos os termos técnicos de uma vez do que em esclarecer as duvidas do publico. Haja!
 
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Nem tente reclamar dos péssimos serviços prestados pelos funcionários do Supermercado Bom Preço da Rua Pernambuco, Pituba: você não será ouvido. Os "produtores" e "supervisores" se limitam a "encaminhar" a um balcão na entrada e ficam papeando no meio das araras.
 
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E o telemarketing, heim? Por mais que você diga que não quer ouvir, que não dá informações ao telefone e que não quer mais receber chamadas, eles insistem. Passam um ou dois dias e olhem eles ai?
 
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Por falar em telemarketing, uma historinha. Alguem ligou, ofereceu um final de semana num hotel de cinco estrelas, bastando a pessoa comparecer em uma tal reunião, mas teria que passar alguns dados pessoais. A pessoa respondeu: "hotel de cinco estrelas de graça? Po, ofereça a sua mãe"...
 
Maria de Fatima Dannemann - DRT 786