Tuesday, February 22, 2011

Primeira pessoa: coisas que eu vi, ouvi, ou que simplesmente me impressionaram

by Fatima Dannemann


Nota número 1 - Alguem precisa dizer a Rede Globo que a maioria das monarquias no mundo são vitalicias e hereditarias e que isso não pode nem deve ser confundido com ditadura. Exemplo claro: a Rainha Elizabeth II da Inglaterra está no poder há uns 60 anos e a Inglaterra é muito mais democracia do que Cuba, onde o poder passou de irmão pra irmão, sem eleição, sem nada, e lá nem tem rei, tem presidente. O problema do Marrocos, Bahrein e outros paises onde o povo está protestando é a FALTA DE LIBERDADE e as desigualdades sociais. Isso é que sufocou tanto o povo que chegou a hora de dizer basta. Mas a repórter da Globo ontem, no Jornal Nacional, insistia em comparar a Jordania e o Marrocos com a Libia. Dois pesos e duas medidas, santa...
Talvez o que não esteja dando certo seja o exagero do fanatismo.



Nota numero 2 - Pode ser que Cisne Negro não ganhe o Oscar. Pode ser que Natalie Portman perca para outra atriz que ande fazendo papel de "ooooh, coitadinha" ou que tenha se vestido de homem. Mas, Cisne Negro (Black Swan) é o melhor filme da temporada. Pelo menos, entre os filmes que eu vi nos ultimos tempos é o que mais me impressionou. È um filme que dá o que pensar, instiga, impressiona e para os psicologos junguianos é um prato cheio. Só está mal vendido: dizem que é um filme de ballet e não esclarece muito pouco. Por acaso, a historia se passa durante os ensaios do Lago dos Cisnes, mas poderia se passar numa faculdade de moda, num shopping center ou qualquer outro lugar. A alma humana é sempre a mesma.


Nota número 3 - A idiotice anda rondando a programação da Globo especialmente as novelas; Em Araguaia, ninguem se lembra de denunciar Max Martinez por todas as barbaridades tipo: carcere privado, invasão de privacidade, tentativa de assassinato e mais monte de coisas. Em Tititi, ninguem se lembra de conferir junto as autoridades a identidade da "titia" que na realidade é mãe de jaques Leclair. Sem falar no papel de idiota a que submetem a imprensa. Nenhum jornalista, mesmo os mais ávidos por fofocas, se prestam a certos papeis como de entrevistar uma Stefany absolutamente anonima para queimar fulano ou sicrano. Mais: com certeza os BONS jornalistas iriram ouvir os outros envolvidos na historia. Por fim, INSENCHATO Coração. Nenhuma mulher conseguiria ser tão idiota quanto Gloria Pires... A novela é tão ruim que eu me pergunto se não foi por isso que Ana Paula Arosio e Fabio Assunção tiraram o deles da reta.

E finalmente o BBB: Gente, tirem a Talula... Com urgencia. A mulher é mais trancinheira do que uma ordinária que eu tive o desprazer de conhecer em meus tempos de Trivuna da Bahia... è a que se faz de amiga, a que planta uma fofoca aqui, uma ideia ali, e faz ameaças disfarçadas. Pior que a besta da Paulinha acredita em tudo e podes, crer: antes do final de semana ela sai do BBB...

Wednesday, February 02, 2011

Gato, nem malandro, nem malvado


          Nos desenhos animados, o gato é o malandro ou o malvado. Malandro, quando usa a esperteza para se virar e se dar bem na vida. Malvado, quando persegue camundongos, passarinhos. Mas não é bem assim. É que o gato tem fama de independente daquele tipo de bicho mais ligado ao lugar do que aos donos. E tem a fama de saber “se virar”, de sair sozinho e voltar para casa quando a necessidade aperta. Outra fama é a de ser menos carinhoso do que os cachorros. Mas donos de gato garantem que os felinos domésticos são bichos adoráveis.
       A fama de “mal” é porque os gatos são pedradores de roedores, pássaros, largatixas e alguns insetos. Convivem com seres humanos há mais de 9 milênios. Existem cerca de 250 raças de gato-doméstico, cujo peso variável classifica a espécie como animal doméstico de pequeno a médio porte. Vivem cerca de 15 anos. De personalidade independente, tornou-se um animal de companhia em diversos lares ao redor do mundo, para pessoas dos mais variados estilos de vida.
          Existem cerca de 250 raças de gato-doméstico, cujo peso variável classifica a espécie como animal doméstico de pequeno a médio porte. Assim como cães com estas dimensões, vive entre quinze e vinte anos. De personalidade independente, tornou-se um animal de companhia em diversos lares ao redor do mundo, para pessoas dos mais variados estilos de vida. Na cultura humana, figura da mitologia às superstições, passando por personagens de desenhos animados, tiras de jornais, filmes e contos de fadas. Entre suas mais conhecidas representações, estão o gato Tom, Frajola, Gato Félix, Gato de Botas e Garfield.
Fonte : Wikipedia

Cesta Basica: Para Dominar Geral



quanto custam gramáticas e dicionarios


Mini Dicionario Aurelio da Lingua Portuguesa – R$36,90
Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa – R$289,00
Kit minidicionários com CD Larousse (inglês, frances e espanhol –portugues) – R$ 116,90
Mac Millan English Grammar (essential e intermediate) – R$90,10
Mac Millan English Grammar – advanced – R$ 129,70
Gramática Constrativa del Español para Brasileños – R$84,55
Dicionario Bilingue Escolar – português – espanhol/ espanhol – português – R$29,50
Michaelis dicionário escolar (italiano, Frances ou alemão) – R$ 35,00

Fonte:  revista da Livraria Saraiva

Tuesday, February 01, 2011

Primeira Pessoa: Certo dia, na redação do Tapinha

Quando eu era estudante, adorava escrever quadrinhos. Meus cadernos tinham historinhas no alto da página como uma forma de não arrancar as páginas. Tinha poucos leitores. Dois ou tres, contando comigo. Pois quando fui trabalhar na Tribuna da Bahia, já formada, continuei com a mania. Além de meus personagens habituais, Jarascavel, Perereca, Jabuti, criei outros. Estes eram mais do que "levemente desinspirados" na redação. Estavam lá retratados, alem de mim mesma, claro, os colegas. Não mostrava a ninguem, ou a quase ninguem, Angela Peroba (onde será que ela anda) lia e se acabava de dar risada.




***



O titulo era invariavelmente o mesmo, "certo dia, na redação do Tapinha". Isso porque eu dizia que no dia em que eu tivesse um jornal, sairia ao meio dia. Meus argumentos. A pessoa acorda de manhã e já tomava a "porrada matutina" nos jornais. Saindo mais tarde, o impacto seria de apenas um tapinha, aquele que dizem que não doi. Mas doi, sim. Só que menos. Mas isso foram nos idos dos anos 80. O mundo era outro. A ditadura já sufocava menos, os exilados voltaram, começamos a gritar Diretas Já . As diretas nem vieram logo. Vi Tancredo morrer, o cruzeiro virar cruzado, depois cruzeiro, depois cruzado novo dependia do Plano da vez. Meus personagens mudavam de acordo com o vai e vem da redação. Leleonel era tão grande que só aparecia as pernas nas historinhas. Dorival Penacho era um índio. Criei o personagem inspirada num apelido que Marquinho Moreira colocou em Derval Gramacho, colega e amigo que depois namorou e casou com Vitoria (a Vivi das historinhas) e foram felizes para sempre apesar de alguma oposição (sim, existem espíritos de porcos até em redações de jornal).



***



A Tribuna nos dava uma certa liberdade de expressão e essa era exercida no mural. Normalmente murais são instrumentos oficiais para ficar comunicados iternos, proibições, tabelas de aniversarios, etc. Pois no nosso dava de tudo: listas, abaixo assinados, gracinhas, comentarios, piadas, concursos de miss e - acho que era o preferido da galera - o de Rainha da Primavera. Só dava Oliveira ou Jolivaldo em primeirissimo lugar porque os concursos geralmente eram unissex: valia viotar em quem quisesse a ambos tinham flairplay suficiente para desfilar. Eram esses momentos "tapinhas", que alem de não doer acabavam agradaveis, que dava animo para os momentos porrada.



***



Trabalhar até tarde significava não só - para mim a gloria - a garantia de uma materia assinada e com destaque mas que depois teriamos uma ótima desculpa para ir ao Abaixadinho lavar roupa suja, passar roupa limpa, tomar uma e fazer hora enquanto decidia-se para onde ir. É que lá pelas tantas chegava alguem com recados tipo "eu soube que vai ter uma festa na casa de fulano". E ia todo mundo na cara de pau. Se era verdade, ótimo. Se não, havia sempre um boteco nas imediações. O jornal era pequeno comparado com outras corporações editoriais. Por isso todo mundo se conhecia. As festas eram animadíssimas especialmente as da casa de Aidil, telefonista, que começavam pela manhã e só terminavam altas horas da noite. Mas trabalhavamos muito. O salário não chegava a ser lá essas coisas, a inflação comia tudo. Eram épocas dificeis. Momentos tensos eram mais frequentes do que os relax e uma vez cheguei a fazer uma contagem tregressiva quando um chefe saiu de férias e outro foi substituir.



***



Não, eu não sou saudosista. Era uma vida de cão, mas até os cães são felizes e eu tive muitos momentos felizes. Mas é como se eu estivesse vivendo aquilo tudo ao vivo, hoje. Eliana, secretaria, pedindo silêncio enquanto pegava a lista de sepultamentos. Valdemir me dizendo "leia a pauta, olhe que o lead está na pauta". Mara Campos, sempre serena. Roque Mendes e seu excesso de organização de virginiano. Os "Menudos", os diagramadores: Jorge, Geneumir, Vado, Marcos. Esse papo todo é só para contar sobre a comunidade Velha Tribuna da Bahia, que está bombando no Facebook, reunindo muita gente boa. Fundadores como o professor Sergio Mattos, famosos como o deputado Jean Willys, e muito mais. Um ponto de encontro de um jornal que foi escola e inspiração para muita gente e que mesmo com dificuldades continua vivo, graças a Deus.