Thursday, February 26, 2009
Acabou carnaval, o ano começa. Agora, de Carnaval, Oscar e reprise de Mulheres Apaixonadas (que acaba amanhã no Vale a Pena ver de novo)ficam apenas lembranças e imagens...
O ano, enfim, acontece porque as pessoas caem na real. Hora de contabilizar lucros e prejuizos e de ver as fotos da festa.
leia mais sobre o assunto, no blog "vizinho" só clicar ai no selo para ver
Tuesday, February 24, 2009
Dalila: Nem deusa, nem árabe, e sim uma personagem bíblica
Maria de Fatima Dannemann
Apesar do início do single Cadê Dalila lembrar uma música de dança do ventre, a verdadeira Dalila foi uma palestina mencionada como traidora na Bíblia
Nunca se viu tanto equívoco como nos últimos tempos. No programa de Ana Maria Braga, Juliana Paes diz que um dos poucos lugares da Índia onde as mulheres precisam cobrir o rosto é nos Emirados Árabes. Um professor de dança diz que por causa de "Caminho das Índias", "Dalila" deve ser a mais tocada. A Ásia entrou pela janela dos lares baianos, via rádio, TV ou mesmo o som do porta-malas do carro do vizinho e provocou esses erros. Dalila, agora imortalizada na letra de Carlinhos Brown e na voz de Ivete Sangalo, não era deusa, nem hindu, nem árabe: era palestina, uma personagem bíblica que ficou famosa por trair Sansão apenas por despeito.
Sansão, herói bíblico, era conhecido por sua força excepcional, apaixonou-se pela irmã de Dalila, Semadar, que foi dada a outro homem. Sansão fica revoltado e sai barbarizando, além de desprezar Dalila que caia de amores por ele. Um belo dia, alguém mata Semadar para vingar-se dos prejuízos que o herói desprezado anda causando. Sansão jura vingança e a partir daí causa uma guerra sem fim até que ele se descobre apaixonado por Dalila que é procurada pelo chefe dos filisteus e convencida a descobrir o segredo de sua força. Somente por vingança ela aceita e corta os cabelos do herói. Os filisteus chegam, o agarram, furam-lhe os olhos e o levam para Gaza (desde aqueles tempos palco de discórdia). Lá, o prendem com duas correntes de bronze e o colocam para girar a pedra do moinho.
Na prisão, seus cabelos voltam a crescer. Um dia, os filisteus se reúnem para oferecer um grande sacrifício ao deus Dagon. Na ocasião, mandam trazer Sansão para que se divirtam com ele. Quando o colocam entre duas colunas que sustentam o templo onde se acham cerca de 3.000 homens e mulheres, ele invoca a Javé pedindo-lhe forças para que se vingue dos filisteus com um só golpe, por causa dos seus olhos. Sansão, então, toca as duas colunas centrais e grita: "Que eu morra com os filisteus". Em seguida, empurra as colunas com toda a força e o templo desaba, matando a todos.
Clássico do cinema
Essa história tornou-se um clássico do cinema do pós-guerra com o filme de 1949 dirigido por Cecil B de Mille e Heddy Lamar no papel de Dalila. O filme é considerado pela crítica é um ótimo clássico bíblico. "Além do cuidadoso trabalho de DeMille, o filme conta com uma direção de arte primorosa, uma trilha sonora espetacular, assinada por Victor Young, e um figurino fiel à época. A talentosa atriz austríaca, Hedy Lamarr, no auge de sua carreira, é um dos grandes destaques do filme.O filme apresenta, ainda, grandes momentos, como a antológica seqüência final, quando Sansão destrói o templo do deus Dagon", segundo a wikipedia.
A Dalila do cinema, Hedy Lamarr, nome artístico de Hedwig Eva Maria Kiesler, (Viena, 9 de Novembro de 1913 Altamonte Springs, 19 de Janeiro de 2000) foi uma atriz norte-americana nascida na Áustria. Uma das mais belas atrizes da história do Cinema, na Europa ficou famosa ao aparecer nua num filme de 1933. Em Hollywood, seu papel mais famoso foi o de Dalila, no filme Sansão e Dalila. Foi inspiração para Walt Disney desenhar a Branca de Neve, "a mais bela", seu primeiro desenho animado de longa metragem (1937). Durante a II Guerra, curiosamente ela inventou um sistema de comunicação para as Forças Armadas Americanas na Segunda Guerra Mundial que serviu de base para o que hoje é a telefonia celular. Só se conseguiu construir um sistema desse tipo e que funcionasse a partir de 1958. Lamarr registrou a patente, fato que só foi divulgado para o público em 1981, devido as implicações militares. Casou-se seis vêzes e teve três filhos. Dalila é também o nome de três ciclones no Pacifico Oeste e a tempestade tropical que em 2007 devastou o México.
Cadê Dalila, primeiro single do novo e esperado CD de Ivete Sangalo, Pode Entrar, não é a primeira música com Dalila na letra. Uma delas, de Cazuza, Nem sansão, nem Dalila, fala também do amor mal sucedido entre o herói e sua traidora: Dalila:/ Eu nunca fui Sansão/ Nem Rambo - tele-catch bobão/ A minha pátria é a vida!/ Dalila:/ Você me dá um trabalho/ Não sou Hércules, nem nada/ facilite a parada!/ nem Sansão, nem Dalila/ Apenas dúvidas, feridas/ Você me corta, trai e atrai/ Mas é a vida, querida.........."
O melhor da Rainha
Sacola de presente ou vestido...
Os críticos de moda esqueceram-se de mencionar o modelito da rainha do striptease e ex-mulher do roqueiro Marilyn Manson, Dita von Teese. Na festa que Elton John ofereceu depois do Oscar, ela apareceu com um modelo amarelo, brilhoso, cheio de drapeados, pregas, laços. Mais parecia uma sacola de presente. E a cor nem combinou com sua palidez de dama medieval.
Oscar, Carnaval, e de quebra novela e BBB
Antes de qualquer coisa, pau puro: quem não tem TV por assinatura teve que se virar com as TVs on line para assistir ao Oscar. Como nem sempre o sinal está bom, foi uma tarefa herculea. Culpa da Globo que não quis abrir mão de impor ao resto do Brasil o desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro. Poxa, já chegam os jogos do Corinthians e a mania de querer transformar Ronaldo ex-fenomeno em ídolo tardio.
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No visual da mulherada deu de tudo. Discretas e corretas como Natalie Portman, elegantes e majestosas como a vencedora Kate Winslet, vintage como Penelope Cruz e over mais do que over Beyonce. Ela é bonita, não precisa de um vestido de gosto tão duvidoso para aparecer.
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Como era previsto, Heath Ledger foi escolhido o melhor ator coajuvante por seu Coringa em Batman, O Cavaleiro das Trevas, foi mais um caso de premiação póstuma (o decimo quinto, aliás). Peter Finch, segundo todos lembram, ganhou o premio de melhor ator por Rede de intrigas pouco depois de morrer.
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Quem quer ser um milionário desbancou O curioso caso de Benjamim Button. Este teve 13 indicações mas só ganhou premios secundários e técnicos. Quem quer ser... faturou oito dos 10 premios a que foi indicado, inclusive o de melhor diretor.
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Agora, carnaval: Inspirada na Ilha de Ibiza, a fantasia que Claudia Leite usou na segunda-feira estava bonita, lembrava o mediterrâneo na cor e nos toques greco-romanos e orientais. Mas o cabelo da moça, elaborado e intrincado, lembrava a velha e boa Jeannie é um genio. Só faltou a garrafa e o amo.
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Kate Winslet, vencedora do Oscar de melhor atriz pelo filme O Leitor (assistam, é 10!), esteve majestosa com o vestido de um ombro só, discreto, correto. Um dos poucos que não foi tomara que caia. Os "críticos" de moda não gostaram do excesso de tomaras que caia. Mas, é bom lembrar que na dúvida, melhor seguir a tendência do que tentar inovar e sair algo esquisito. Kate, no caso, foi vestida para matar. Matar as concorrentes de inveja...
Vixe...
barbarismos
Sunday, February 22, 2009
Num ano que é só comemorações, Carlinhos Brown usou e abusou de sua irreverencia e misturou visual tribal com um traje a rigor na noite de sábado, durante a estréia de seu Camarote Andante, este ano. Tava engraçado. Mas, o Cacique do Candeal está fazendo algo mais: com um enorme Urso Polar no trio, ele está chamando atenção para os cuidados com o meio ambiente e denunciando o aquecimento global.
Chiquérrima num visual bem afro-baiano, Larissa Luz fez sua estreia em grande estilo a frente da Timbalada, na noite de sábado. Além de empolgar a multidão, teve o modelito elogiadissimo. Outra que está se destacando na folia é Kate, vocalista do bloco Voa Dois.
Depois da roupetinha de gosto duvidoso da sexta (aquela da rainha do século XVI), Daniela Mercury se vestiu de sol, regente de Leão, seu signo, cobriu-se de ouro, homenageou Carmem Miranda e, with a little help of her friend Margareth Menezes, ela soltou a voz, as frangas, dançou, curtiu, rebentou e empolgou o circuito Barra-Ondina. Um must.
Claudia Leitte foi buscar inspiração, este ano, em alguns lugares do mundo. Domingo, abrindo o circuito osmar com o bloco Internacionais, Ela veio de marrom, trança, vestidinho curto, plumas homenageando as Ilhas Gregas. Não estava feia, mas deixou a desejar... O desejo de aparecer mostrando que é boa mãe e falando a cada cinco minutos do aleitamento de seu filho Davi é que cansou...
Quem viu, viu… Juntaram-se Patricia Nobre, Margareth Menezes, Vanda Chase e Osmar Martins e, durante uma entrevista com o governador Jacques Wagner fizeram uma série de reivindicações: patrocinio para os artistas independentes principalmente os que fizeram a historia do carnaval baiano, apoio aos blocos afro e de indio, entre varias outras. Ao vivo, na TV Bahia…
Especial de Carnaval
Nem a chuva atrapalha o carnaval. Os trios elétricos tocando a todo pique desde cedo até altas horas da madrugada em todos os circuitos de Salvador.
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Chose de loc. Só assim para definir a fantasia que Daniela Mercury usou na sexta-feira. Parecia inspirada na Rainha Elizabeth I, da Inglaterra. Esquisitona.
Daniela, com ou sem traje de gosto duvidoso, é rainha de qualquer jeito. No sábado a noite, na Barra, ela reinou absoluta e deu verdadeiro show em cima do trio.
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Falando em modelito, é esquisito, mas a Caras só coloca a "griffe" na foto das branquinhas famosas. Quem assina os vestidos das latinas, negras e asiáticas, só advinhando...
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Enquanto isso no Big Brother, o "pau" quebra. Nana e Ana x André (que com certeza já ganhou simpatia do público por "futucar" a vovó e a netinha mais chatas do pedaço).
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Carnaval? Que nada. A festa das peruas e nem tão peruas da cidade começa no fim de semana pós-folia com a Liquida Salvador. Tem gente economizando para gastar durante a promoção.
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Patrões e chefes: cuidem do bem-estar de seus trabalhadores. No Bom Preço da Pituba, os funcionários "descansam" sentados no murinho das escadas de acesso.
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No Yacht Clube, os funcionários descansam na rampa embaixo das poucas sombras existentes. Com o preço da mensalidade e dos serviços, dava para a diretoria arrumar um canto mais decente para eles.
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Antes que alguem diga que trabalhador não é pago para descansar, é bom lembrar que trabalhador merece respeito e nem todos podem ir para casa nos intervalos do horário de trabalho.
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Falando no Yacht, além da Feijoada (animada por Ninha da Timbalada), o clube promoveu um baile infantil para os pimpolhos, no ultimo dia 18.
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Ano fraquíssimo em termos de música no carnaval baiano. Mesmo Dalila, Beijar na Boca, Kuduro não são nenhuma obra prima. Faltam compositores para tantos interpretes.
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Já se foi o tempo de músicas inspiradas como Chão da Praça, Cometa Mambembe, Sementes, Mistério das Estrelas, e mesmo pérolas recentes como Poeira.
By Fatima Dannemann
Aulão de Ioga Pós-Carnav - A professora Ludmila Rohr ministra o aulão "Sentindo o prazer de morar nesse corpo sagrado" nesta quinta-feira, 26 de fevereiro, das 19h as 20h30 com prática corporal (hatha-yoga), respiração e meditação. A aula é aberta a todos os interessados. Onde: Espaço Mahatma Gandhi, Rua rio de Janeiro, 694, Pituba, Sálvador-BA. Informações: 3248-7533
Dança da Alma - curso que visa dança e auto-conhecimento voltado para iniciantes. Ministrado pela professora australiana Kristel, um dos objetivos é fazer as pessoas se integraem aos ritmos do coração. Aulas as terças e quintas pela manhã ou a noite até esta semana. Informações 3495-3793
Formação em Biossintese - Começa em Março o cursode formação em Biossintese, uma técnica de psicoterapia criada há 30 anos pelo terapeuta ingles David Boadela. O curso tem duração de um ano e meio e aborda temas como raizes no corpo, centramento e respiração, linguagem, etc. A coordenação é da psicóloga Eunice Rodrigues. Informações no Centro de Biossintese da Bahia, rua Apoema, 144, Jaguaribe, telefone 3367-2776
Fatima Dannemann
Amanhã, em pleno Carnaval Brasileiro, a Academia Americana de Artes e
Ciências Cinematograficas escolhe os melhores de 2008 no cinema. Aqui,
Carnaval, Escolas de Samba do Rio, Paredão do Big Brother com chapa quente
(a vovó Naná já está na berlinda), Ivete Sangalo está indo chamar Dalila e
em meio a tudo isso Brad Pitt ainda pode levar um Oscar.
***
Ou ele, ou o filme O Curioso Caso de Benjamin Button, o franco favorito
deste ano o que, em matéria de Oscar, nem quer dizer nada, afinal, quantos
filmes são indicados para ene categorias e saem de mão abanando? O Curioso
caso. concorre de perto com Quem quer ser um milionário, que já faturou O
Globo de Ouro entre outros premios.
***
Aliás, Brad (indicado a melhor ator) não é o único na familia Pitt a ser
contemplado com uma indicação esse ano. Sua esposa, Angelina Jolie, estará
na festa entre as indicadas a melhor atriz. Ela concorre com Meryl Streep e
Kate Winslet (já indicadas outras vezes), Melissa Leo e a chatinha Anne
Hathway. Foi o filme A Troca, dirigido por Clint Eastwood que deu a
indicação à Sra Pitt. Mas a troca só teve mais uma indicação, pela
fotografia.
***
A novidade do ano nem é novidade já que segue a tendência do Globo de ouro:
a indicação póstuma de Heath Ledger a melhor ator coajuvante por seu
Coringa em Batman, o Cavaleiro das Trevas. Para muitos, aliás, este seria o
melhor filme do ano. Mas, os indicados ao top de linha de 2008, além de O
curioso caso. e quem quer ser. são Frost/Nixon, Milk, e O Leitor.
***
Sobre o filme que vem sendo considerado favorito da noite: O Curioso Caso de
Benjamin Button é dirigido por David Fincher enspirado em conto de F. Scott
Fitzgerald. O filme conta a história de um menino órfão, nascido velho, que
rejuvenesce com o passar do tempo. É, na verdade, uma história de amor,
entrega e despreendimento. Brad Pitt faz o papel-título, enquanto Cate
Blanchett é o par romântico dele.
***
Mas tem mais: Mickey Rourke e Robert Downey Jr. compartilham um histórico
muito semelhante, um início promissor e uma queda no poço da carrerira por
escolhas profissionais ou pessoais erradas, e principalmente uma indicação
para o Oscar 2009 que representa uma verdadeira volta por cima hollwyodiana.
Mickey Rourke, de 56 anos, conseguiu uma indicação de melhor ator na 81ª
edição do Oscar por seu papel de Randy "The Ram" Robinson, um lutador que se
nega a deixar os ringues em "O Lutador". O filme de Darren Aronofski é
considerado uma analogia com a própria vida do ator.
***
Oscar é o mais famoso e cobiçado troféu do mundo do cinema. É entregue
anualmente em cerimônia no Teatro Kodak, na cidade de Los Angeles (EUA) aos
que mais se destacaram no ano anterior em categorias como ator, atriz,
diretor (realizador) ou cineasta, fotografia, música, roteiro (ou argumento)
e melhor filme. Os vencedores são escolhidos por um colégio de mais de 5.800
membros votantes da Academia, de diversas nacionalidades. A cerimônia de
entrega do Oscar é vista ao vivo na televisão por milhões de pessoas em todo
o planeta.
Indicados do ano
MELHOR FILME - "O Curioso Caso de Benjamin Button" - "Frost/Nixon" - "Milk -
A Voz da Igualdade" - "O Leitor" - "Quem quer ser milionário?"
MELHOR ATOR - Richard Jenkins - "The Visitor" - Frank Langella -
"Frost/Nixon" - Sean Penn - "Milk - A Voz da Igualdade" - Brad Pitt - "O
Curioso Caso de Benjamin Button" - Mickey Rourke - "O Lutador"
MELHOR ATRIZ - Anne Hathaway - "O Casamento de Rachel" - Angelina Jolie - "A
Troca" - Melissa Leo - "Rio Congelado" - Meryl Streep - "A Dúvida" - Kate
Winslet - "O Leitor"
MELHOR ATOR COADJUVANTE - Josh Brolin - "Milk - A Voz da Igualdade" - Robert
Downey Jr. - "Trovão Tropical" - Philip Seymour Hoffman - "A Dúvida" - Heath
Ledger - "Batman - "O Cavaleiro das Trevas" - Michael Shannon - "Apenas um
Sonho"
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE - Amy Adams - "A Dúvida" - Penélope Cruz - "Vicky
Cristina Barcelona" - Viola Davis - "A Dúvida" - Taraji P. Henson - "O
Curioso Caso de Benjamin Button" - Marisa Tomei - "O Lutador"
MELHOR DIRETOR - David Fincher - "O Curioso Caso de Benjamin Button" - Ron
Howard - "Frost/Nixon" - Gus Van Sant - "Milk - A Voz da Igualdade" -
Stephen Daldry - "O Leitor" - Danny Boyle - "Quem quer ser milionário?"
MELHOR ANIMAÇÃO - "Bolt - Supercão" - "Kung-Fu Panda"
- "WALL-E"
MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA - "The Baader Meinhof Complex" -
Alemanha - "The Class" - França - "Departures" - Japão - "Revanche" -
Áustria - "A Valsa com Bashir" - Israel
Fatima Dannemann
Não tem quem não se atrapalhe: qual o camelo? qual o dromedário? O camelo na carteira de cigarro Camel é um dromedário. Mas só soube disso quando conferi de perto, durante minha viagem a Tunisia e deserto do Saara, no ano passado. Camelo e Dromedário são parentes sim, mas não são irmãos gemeos. São primos ou algo parecido.
***
O Camelo tem duas corcovas, é mais peludo e “mora” na Asia. Ele é visto principalmente nos desertos da China e da Mongolia (que são desertos, têm areia mas não são o Saara. Ou seja: a diferença entre os dois animais já começa por ai, pela “casa” dele). O Dromedário tem uma corcova só. E (isso sou eu que acho) é mais fofinho. Alguns cientistas dizem que o Dromedário tem duas corcovas também, mas uma é tão pequena que ninguem nota…
***
Quem acha que este assunto é bobo, lembro que Camelo e Dromedário já rendeu uma música dos Titãs: Qual será a vantagem de se ter uma ou duas corcovas?/O que iremos formular é somente um questionário/ Qual diferença haverá entre o Dromedário e o Camelo? / E entre o Camelo e o Dromedário? /Postos frente a frente causam a mesma impressão/Mas quando postos de lado faz-se logo a correção…
***
E o Camelo e o Dromedário têm seus parentes aqui nas Américas. Quem são? Lhama, Alpaca, Vicunha e Guanaco. Pois é. Moram no Chile, na Patagonia, no Peru, Bolivia e por ai. Lhama eu já vi “pessoalmente”. É fofinha e parece que está sempre risonha. Alpaca e Vicunha eu achei que era coisa da industria textil. Não eram. São bichos, aliás muito parecidos. Guanaco eu achei que era algum tipo de Guacamole patagonio. Que nada. É um bicho muito fofinho parecido com a Alpaca, Vicunha e Lhama. A Lhama e a alpaca são domesticadas. O Guanaco e a Vicunha são silvestres. Mas esses… Po, pra distinguir um do outro é dureza.
***
A lhama é peludinha e vemos sempre ela selada e enfeitadinha. O Guanaco - pelo menos nas fotos que eu vi - tem um rabinho curtinho e parece uma gazela. A mesma cara arisca. A alpaca é criada até em fazendas. Nas fotos, eu achei a vicunha a mais feia. Mas acho melhor falar das semelhanças desses seis bichos (o Camelo e o Dromedário, incluidos na lista, claro). Eles sobrevivem nas condições mais adversas: desertos, montanhas, lagos salgados, lugares inóspitos. Ainda assim têm uma certa docilidade. Ajudam o ser humano a vencer suas limitações. Assim sendo, se são feios, bonitos, quem liga?
Saturday, February 14, 2009
Tela em Branco
Fatima Dannemann©
Aonde mora a inspiração? Tem gente que diz que basta ver alguma coisa interessante e produz um desenho, uma música ou um texto. Não é bem assim. Sentar-se em frente a uma tela vazia de computador e encher de letras como se fosse uma linha de montagem dessas que trabalha no piloto automático? Não é bem assim. Onde mora o assunto? Cadê o tema?
Alguém me diz para lembrar dos amores... ou das dores. Em poesia, até vá lá. Amor rima com dor. Mas, em prosa a coisa muda de figura. E o computador é implacável. Está ali com sua tela aberta, pronto para mostrar as letras trocadas as frases começadas por minúsculas, acentos que faltam, os fatais erros de concordância, as vírgulas que faltam e as que estão sobrando.
Vírgulas, tremas, til, acento agudo. Pequenos detalhes que fazem os perfeccionistas mandarem a inspiração para as cucuias. O negócio é seguir os padrões, usar as palavras corretas. Dar um molho aqui, outro acolá e mostrar que em matéria de vocabulário a pessoa é fera, se bem que muita gente nem desconfiam o significado das palavras que dizem. Inove e verá: vai ter um bocado de gente lhe chamando de doido apenas porque você inventou uma coisa diferente. Excentricidades humanas.
E os parágrafos? Onde começar? Onde acabar? Quantas linhas? Pequeno demais, coisa de criança. Grande demais, coisa de gente prolixa que não sabe mudar de assunto. O médio, que seria o correto para muitos, é tão difícil de alcançar. Mesmo que seja um médio mais flexível, daqueles que aceitam variação ou margem de erros e acertos, para mais ou para menos, um pouco maior.
Diálogos? Comece com travessão e alguem lhe pergunta: porque não botou aspas? Bote aspas e lhe perguntam pelo travessão. Use o discurso indireto e nego diz que está monótono. Coloque um itálico, ao invés de aspas ou travessão e ninguém vai entender o que está passando por sua cabeça. Essa falta de consenso acaba com qualquer inspiração e pode matar um bom diálogo entre seus personagens.
Descrever, narrar, contar histórias, tudo isto acaba sendo bem mais difícil do que sonham muitas pessoas. Culpa dos detalhes. Detalhe demais, fica monótono, detalhe de menos, incompleto. Até mesmo quando o assunto é uma simples reportagem. Tem dez fontes, ouviu nove, tem gente de menos. Se ouvir onze, não precisava tanto. Mas reportagem é outra coisa. Não precisa inspiração, bastam os subsídios.
Se o texto é encomendado, entretanto, menos mal. Pior quando não é. Pode ser uma história, um romance, uma poesia, ou mesmo um e-mail a um amigo. Se a inspiração não bate, o resultado não sai. E vai se protelando tudo até cair no esquecimento. E morre o texto... A tela do computador continuará vazia. Implacavelmente em branco a espera das palavras.
O estranho do bloco
Domingo de carnaval. Mais ou menos seis horas da tarde. As ruas do centro de
Salvador estão lotadas. Engarrafamento de gente, trios elétricos, cordas de
bloco. Nesse cenário é que encontramos Fernanda. Idade entre 20 e 25 anos,
alta, magra, tida como bonita pelos padrões da moda. Fernanda vaga incerta
pela avenida procurando o bloco. Chegou tarde ao centro da folia. Esteve num
almoço, em casa de amigos. Bebeu, cheirou lança, experimentou maconha, na
"onda" brigou com o namorado. A última coisa que se lembra: um tapa e cair
da cadeira. Depois disso, lampejos de memória. Um carro, pessoas no carro, a
ida para a "cidade". Se vê na Avenida. O chão sobe e desce. Sons? Apenas uma
confusão no fundo da mente. De vez em quando, Fernanda ouve uma musica que
cantavam para ela quando criança:
Ô raia o sol suspende a lua/ Olha o palhaço no meio da rua...
Não. Não combina com o oioioi do axé, ou o quebra, mãinha do pagode. Mas ela
ouve. E vê... Vê anjos barrocos flutuando acima do trio elétrico...
- É esse o meu bloco...
Anjos barrocos? Não, cantores e bandas, mas é o que ela enxerga. Anjos
flutuando. E um portal lhe aparece na frente do trio.
- Deve ser a tal porta do céu. Morri. Overdose... Não devia... Morri...
Encaminha-se para o portal quando percebe mãos dos "armários" que fazem a
segurança da frente lhe segurarem e vozes gritando:
- Sai pra lá, moça.
- Não posso. Deixa eu entrar. Não foi overdose, foi acidente. Mereço o céu.
- Tá louca.
- Não estou. Morri.
A discussão segue acalorada quando uma voz de rapaz jovem soa macio:
- Deixem que eu cuido dela. Venha comigo.
E ela segue o desconhecido. Mais novo do que ela um pouco. Olhos esverdeados
e um lindo sorriso.
- Estou procurando meu bloco.
- Já passou. Vai ser dificil encontrar no meio desta confusão. Venha.
E de repente, estão em segurança na Praça da Piedade. Não sabe as horas, nem
quem é o desconhecido que lhe beija suavemente e lhe oferece para levá-la em
casa.
Tomam o ônibus na estação da Lapa.
-Está frio... Esquisito, está frio...
O ônibus está semi-vazio. Ela se senta na janela e o desconhecido a seu
lado. No balançar das rodas, cochila vendo a paisagem monótona e semi-escura
das áreas da cidade onde a folia nem chega perto. E então, reconhece, está
perto de casa. Dá o sinal de parada e nessa hora, volta-se para o lado. O
lugar vazio. Vira-se para o cobrador:
- Cadê o cara que estava comigo? Saltou e não percebi.
E a resposta do cobrador: "Moça, a senhora tomou esse coletivo sozinha. Não
tinha ninguém lhe acompanhando, não".
Arrepiou-se da cabeça aos pés. Mas, ainda assim pensou que cobradores nunca
reparam em quem paga a passagem. Por via das dúvidas olhou sua pochete
escondida no short do abadá: todo o dinheiro, documentos, tudo lá. Não foi
roubada.
***
O carnaval continuou. Fernanda procurou o rapaz no bloco segunda e
terça-feira. Chegou a vê-lo por um instante na segunda. Ou pensou que viu.
Ao conferir de perto, era apenas alguém parecido.
Na quarta-feira de cinzas, ao ler o jornal, uma notícia sobre o assassinato
de um folião do seu bloco. Por volta do meio-dia, num sequestro relâmpago
quando saia de casa para brincar o carnaval. Dezoito anos, olhos claros,
dentes perfeitos e um belo sorriso. A foto, não deixava dúvidas...
(a protagonista jura que esse caso aconteceu realmente)
Efó, uma crônica culinária
A Globalização mudou a culinária. Comida típica na mesa dos baianos agora é salmão, carpaccio ah... e trufas de chocolate. Nada contra isso, pelo contrário, menciono com água na boca alguns dos meus pratos preferidos. Mas, por essas e outras é que a culinária da terra anda esquecida.
Muita gente desconhece o que seja um arroz d'Haussá (delícia das delícias para quem aprecia arroz e erivados), um bobó de camarão (tem gente que nunca viu um pessoalmente) e pior: desconhecem completamente,
o supra-sumo da culinária baiana, o rei dos pratos, sua magestade, o Efó.
Por conta da "culinária sem fronteiras" que estamos assistindo, estou há algum tempo sem provar o efó, uma delícia esquecida. Mas, ainda bem que já comi alguns efós (muito bem feitos, aliás) em minha vida, pois comer este prato é como beijar ou andar de bicicleta, quando a gente experimenta, nunca mais esquece porque só tem duas possibilidades, ou você ama ou detesta esse exótico prato feito com folhas e a mesmíssima base de temperos do vatapá, caruru e demais pratos baianos (culinária baiana é a mesma coisa que doce de aniversário, só trocar o leite condensado por dendê, camarão seco, castanha, gengibre, amendoim e cebola e você faz maravilhas com esses temperos).
O detalhe é que não achamos nem mais quem prepare um bom efó as donas de casa se queixam que a língua de vaca ou a taioba (folhas usadas para fazer efó) além de difíceis de serem encontradas nas feiras e supermercados (aposto que ninguém nem procura) não rende depois de cozida. Encolhe e tornam o efó economicamente inviável. Esse papo não cola muito não. Espinafre encolhe, couve encolhe e ninguém deixa de comer souflé de espinafre ou caldo verde por causa disso.
Uma pena disto tudo é que sem a baba do quiabo, o peso do vatapá ou do feijão fradinho, o efó tinha tudo para ser o grande sucesso das mesas locais. Leve, saboroso e acho que nem engorda porque é feito com folhas, e justamente por isso, politicamente correto nesses tempos de culto ao físico.
Muito me admira é que justo quando comer folha vira moda o efó esteja vivendo uma aposentadoria precoce e forçada. Acho que num canto da horta, a taioba e a língua de vaca pensam lá com suas nervuras: "o que o espinafre tem que eu não tenho?" É que soube que andam fazendo efó com espinafre como se fosse para ser servido ao Marinheiro Popeye. Mas, não deve ter o mesmo gosto. Mas, baiano come repolho (no árabe), alface (na salada), couve (no cozido), espinafre (nos lanches naturebas), mas não come mais efó dizendo que não rende e que as cozinheiras não sabem fazer.
Grandes coisas, a base é a mesma do caruru, vatapá e todos os pratos pois, como já disse, comida baiana é que nem doce de aniversário: só trocar um dos ingredientes e mexer a panela de forma diferente. Mas, a temperada é só a mesma e mais: o efó alimenta e os ecologistas iam adorar ver aquela coisa verde na tigela, parece musgo. Mas, como quem não tem cão caça com gato, estou indo até a esquina comer um abará. Quando nada, vem enrolado numa folha. De bananeira, mas verdinha que nem manda o figurino.
Monday, February 09, 2009
Tela em Branco
Fatima Dannemann©
Aonde mora a inspiração? Tem gente que diz que basta ver alguma coisa interessante e produz um desenho, uma música ou um texto. Não é bem assim. Sentar-se em frente a uma tela vazia de computador e encher de letras como se fosse uma linha de montagem dessas que trabalha no piloto automático? Não é bem assim. Onde mora o assunto? Cadê o tema?
Alguém me diz para lembrar dos amores... ou das dores. Em poesia, até vá lá. Amor rima com dor. Mas, em prosa a coisa muda de figura. E o computador é implacável. Está ali com sua tela aberta, pronto para mostrar as letras trocadas as frases começadas por minúsculas, acentos que faltam, os fatais erros de concordância, as vírgulas que faltam e as que estão sobrando.
Vírgulas, tremas, til, acento agudo. Pequenos detalhes que fazem os perfeccionistas mandarem a inspiração para as cucuias. O negócio é seguir os padrões, usar as palavras corretas. Dar um molho aqui, outro acolá e mostrar que em matéria de vocabulário a pessoa é fera, se bem que muita gente nem desconfiam o significado das palavras que dizem. Inove e verá: vai ter um bocado de gente lhe chamando de doido apenas porque você inventou uma coisa diferente. Excentricidades humanas.
E os parágrafos? Onde começar? Onde acabar? Quantas linhas? Pequeno demais, coisa de criança. Grande demais, coisa de gente prolixa que não sabe mudar de assunto. O médio, que seria o correto para muitos, é tão difícil de alcançar. Mesmo que seja um médio mais flexível, daqueles que aceitam variação ou margem de erros e acertos, para mais ou para menos, um pouco maior.
Diálogos? Comece com travessão e alguem lhe pergunta: porque não botou aspas? Bote aspas e lhe perguntam pelo travessão. Use o discurso indireto e nego diz que está monótono. Coloque um itálico, ao invés de aspas ou travessão e ninguém vai entender o que está passando por sua cabeça. Essa falta de consenso acaba com qualquer inspiração e pode matar um bom diálogo entre seus personagens.
Descrever, narrar, contar histórias, tudo isto acaba sendo bem mais difícil do que sonham muitas pessoas. Culpa dos detalhes. Detalhe demais, fica monótono, detalhe de menos, incompleto. Até mesmo quando o assunto é uma simples reportagem. Tem dez fontes, ouviu nove, tem gente de menos. Se ouvir onze, não precisava tanto. Mas reportagem é outra coisa. Não precisa inspiração, bastam os subsídios.
Se o texto é encomendado, entretanto, menos mal. Pior quando não é. Pode ser uma história, um romance, uma poesia, ou mesmo um e-mail a um amigo. Se a inspiração não bate, o resultado não sai. E vai se protelando tudo até cair no esquecimento. E morre o texto... A tela do computador continuará vazia. Implacavelmente em branco a espera das palavras.
Meio século de plástico, plástica e controversias
Barbie, a boneca mais famosa do mundo comemora 50 anos na Feira de Moda de Nova York, evento em que 50 estilistas vão homenageá-la como ícone de moda
Maria de Fatima Dannemann
Mônica e sua turma cresceram. As Meninas Super-Poderosas também ficaram mais velhas. Mas, se a Barbie envelhecesse? Bom, talvez se encontrassem nas lojas as versões Barbie-Silicone, Barbie-Botox, Barbie-Lipo ou Barbie-Cirurgia Bariátrica, Barbie-Chapinha já que uma das características que tem cercado a boneca mais famosa do mundo é a sonhada idéia de juventude e beleza eternas. Gracinhas a parte, Barbara Millicent Robert, nascida sob o signo de peixes no dia 9 de março de 1959 em Willows, Winsconsin, criada por Elliot e Ruth Handler, fundadores da Mattel e batizada com o nome de sua filha, foi criada para simbolizar a mulher moderna e independente que nos anos 50 começava a dominar no cenário mundial, mas hoje é criticada por simbolizar justamente a mulher objeto, obcecada por imagem e acusada de favorecer a anorexia e a bulimia além de um ideal de corpo que não existe (a menos que a pessoa se submeta a sucessivas plásticas).
Amada por uns, odiada por outros, a Barbie é o brinquedo mais vendido em todo mundo. Logo após o seu lançamento vendeu 300 mil exemplares. Nos anos seguintes ganhou um namorado, Ken, amiga, irmã mais nova. Mais recentemente, tornou-se personagem de desenhos animados e em As 12 princesas ganhou versões criança, pré-adolescente, morena, loira, ruiva (embora a personagem principal dos filmes seja invariavelmente loira, olhos azuis, com a cara que lembra Farah Fawcett nos tempos em que As Panteras era tudo o que se tinha na TV de um trio de meninas boazinhas que sabiam bater). A polêmica em torno da Barbie vem desde sua criação. Até então, bonecas eram sempre babies e meninas. A Barbie veio adulta, com pernas enormes, peitões e modelitos absolutamente fashion e passou a inspirar estilistas de todo mundo.
Padrões Irreais
Ela é apenas uma boneca. Não diz sim, nem não. Ostenta um sorriso meio enigmático e representa quase sempre a mulher bem comportada e bem sucedida. Mas há quem veja na Barbie a culpa de toda a correria por padrões de peso, "saúde" e "beleza" que simplesmente não existem mas levam mulheres de todo mundo a doenças mentais ligadas a alimentação como bulimia e anorexia, e a se submeterem a uma série de cirurgias desnecessárias para atingir o modelo de pernona comprida (e de preferência fina) e peitão turbinado. Esse é um dos motivos que levou a Barbie, nos últimos tempos, a uma queda brutal nas vendas, mas não é o único. Começaram a surgir outras bonecas com os mesmos "padrões" como a Bratz, e a própria Barbie começou a ser clonada, surgindo as "genéricas" vendidas até em sinaleiras e pontos de ônibus.
Mesmo com todas as cópias, concorrências e críticas, a Barbie tem seus encantos e seu apelo. No ano passado, um shopping de Salvador realizou uma exposição sobre a boneca visitada não só por crianças mas por adultos. Muitas mulheres com mais de 40 brincaram com as bonecas e hoje este é o presente que elas dão as suas filhas e sobrinhas. Numa das lojas de brinquedo mais famosas de Nova York, a Barbie tem uma área dedicada a ela. Um canto inteiro da Toy'R'Us foi transformado em Palácio Cor de Rosa onde são vendidas não somente as bonecas, mas suas roupas e todos os acessórios que lhe acompanham. O que significa que, mesmo com toda crítica, a Barbie tem um apelo forte entre os consumidores.
Comunidade no Orkut, fã clube com 18 milhões de participantes, a Barbie ganhou vestido de noiva de mais de 100 dólares desenhado por Vera Wang, foi transformada em personagem de filmes, entre as quais Scarlett O'Hara de E o vento Levou, e já teve versões Grace Kelly, Woodstock, praticante de diversas modalidades esportivas, profissional de diversas áreas, grávida, surfista, e mais recentemente versões de fada, sereia e princesas famosas como Rapunzel.
Saturday, February 07, 2009
Reflexões fotográficas em forma de palavras
Gosto de imagens em preto e branco.
Gosto de olhar fotos e filmes e ilustrações em preto e branco e imaginar as cores que eles possuem.
Quando eu era pequena, as vezes pegava um lapis de cor e pintava... Ou uma caneta. Ai, colocava dentes cariados em sorrisos colgates. Fazia chifrinhos em pessoas que eu achava feias.
Ou simplesmente coloria uma paisagem.
Imagens em preto e branco. Engraçado. Da primeira vez que eu vi Paris foi assim que ela me pareceu. Preto e branco. Com toques de cinza. Não sei. Paris pela primeira vez foi como um artista que você idealiza. Encontra o cara, vê que é apenas humano, perde a graça. Paris era um sonho. Quando vi que era apenas uma cidade, ah, e caótica como qualquer grande cidade, perdeu a graça. Enxergava tudo cinza. Não cinza como o cinza das fotos de Cartier Bresson, mas o cinza do cinza, do feio...
Então voltei de Paris e fui ver as votos de Cartier Bresson. E vi que Paris em fotos, mesmo preto e branco, tem seus encantos. Mas, Cartier Bresson é Cartier Bresson, e as pequenas fotos que faço na minha Canon amadora até a bobina que segura o filme, são apenas ousadias bem intencionadas de repórter que não sabe fotografar.
E nesse meio tempo eu fui a Londres e vi o sol e o céu azul numa cidade que diziam cinza, cheia de fog. E vi doidões tocando blues em pleno metrô. E o hyde parque mais verde do que os parques de Paris e desisti de atravessar a Mancha no Eurostar.
No ano seguinte voltei ao Paris. Munida de filmes coloridos. E comprei postais em preto e branco para minha coleção.
Estão no meu album, na verdade um saco de plástico guardado no meu armário que esqueço de mostrar as pessoas. Ninguem tem paciência de ver o exagero de fotos que uma jornalista curiosa tira em férias. Nem mesmo eu.
Thursday, February 05, 2009
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Para a categoria que anda de helicóptero, mora em mansão, compra na Daslu e veraneia em Dubai, o assunto é que nem título de disco de rock: "Crise, que crise?" Infelizmente, para nós, brasileiros comuns.
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O comércio e serviço de luxo não foram afetados. Certas boutiques chiques da cidade continuam com seus estacionamentos lotados e manobristas desaforados que tomam conta da rua. É só conferir em certa empresa de cosméticos da Pituba...
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Com o dólar alto, ganhou o turismo interno. O trânsito de Salvador anda mais louco que nunca nos ultimos dias. Mas é só conferir a quantidade de placas de outros estados (alguns até distantes como Amapá e Mato Grosso) que o motivo está explicado.
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Nem bem a novela começou, e as lojas começam a vender roupas indianas, estilo que esteve em moda nos primeiros anos dessa década e cá pra nós: já saturou além de ser completamente out, simbolo de bicho-grilo dos anos 60.
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Se fosse na gloriosa fase da new age (anos 90, quando ainda se acreditava em alguma coisa) o "mote" de Caminho das Indias seria a meditação, o yoga, e outras coisas sagradas. Agora, que não se acredita em nada, virou negócio - em rupias, já que o dolar anda em alta.
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Ana Maria Braga para Juliana Paes: "Na India as mulheres precisam cobrir a cabeça?" Resposta: "só nos Emirados Arabes, por respeito, nos outros lugares, não". Nota: os Emirados Arabes não ficam na India, aliás, distante da Península Arabica.
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Falando em Ana Maria Braga, as receitas do programa estão cada vez mais em clima de pura enrolação. Ela já não ensina mais nada. E mais: ou o site é escrito com bola de cristal, ou o programa é gravado... Há um descompasso entre um e outro.
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Falando em Big Brother Brasil, o destaque da edição é mesmo Priscila, a candidata do Mato Grosso. No meio de "santinhas" e falsas moralistas ela escancara, diz que está afim, toma a iniciativa e não tem nem um pingo de medo de ser feliz. Que vença a morena...
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Já a loura-chorona Ana Carolina é algo entre chata e irritante. Saiu a "santa-docinha" Michele no primeiro paredão, mas ficou uma representante a altura. Numa das madrugadas, ela andou se pegando (no mau sentido) com Newton, o candidato a mauzão da vez.
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Ou seja: com a danada, a boazinha, o malvadão, a candidata a esposa, a vovó esperta e os figurantes de ocasião, o BBB tem todas as características de uma novela sendo que o script corre meio que solto. Meio... Pois sendo um show, claro que é dirigido por alguem...
Esquecida
Os canais abertos não andam fazendo justiça com as aventuras de Jenny ou mais precisamente Uma Robô Adolescente atualmente relegada as madrugadas e ainda assim só uns poucos dias por semana. É pena… O desenho é engraçado e a menina que é o único robô no mundo do modelo XJ9 fica igualzinha a uma adolescente de carne e osso o que é ainda mais divertido.
Na Wikipedia, olha o que dizem sobre o assunto:
My Life as a Teenage Robot (ou Uma Robô Adolescente) é um desenho animado. Jenny é uma garota como as outras. Ela é o único robô no mundo do modelo XJ9. Sua mãe, a senhora Wakeman, sempre aplicou seus conhecimentos científicos para criar poderes contra os vilões do planeta. Acabou inventando-a e agora tem que cuidar de uma adolescente. E a vida de Jenny também não é fácil, afinal para ser robô, estar na puberdade, salvar o planeta e ainda levar uma rotina normal na escola são necessários superpoderes mesmo.
(veja matéria completa clicando aqui)
A Dra Wakeman chegou a criar 8 robôs antes de Jenny, que tem 2 m de altura e 200 kg e que tem como arquiinimigadas as Primas Crusty. Quem acordar de madrugada e der sorte, confere o desenho…
Os fãs de Jenny criaram blog, forum, comunidade no orkut. É só conferir.