
Diane, uma pequena grande menina
O blog que é um troço
Maria de Fatima Dannemann
Apesar do início do single Cadê Dalila lembrar uma música de dança do ventre, a verdadeira Dalila foi uma palestina mencionada como traidora na Bíblia
Nunca se viu tanto equívoco como nos últimos tempos. No programa de Ana Maria Braga, Juliana Paes diz que um dos poucos lugares da Índia onde as mulheres precisam cobrir o rosto é nos Emirados Árabes. Um professor de dança diz que por causa de "Caminho das Índias", "Dalila" deve ser a mais tocada. A Ásia entrou pela janela dos lares baianos, via rádio, TV ou mesmo o som do porta-malas do carro do vizinho e provocou esses erros. Dalila, agora imortalizada na letra de Carlinhos Brown e na voz de Ivete Sangalo, não era deusa, nem hindu, nem árabe: era palestina, uma personagem bíblica que ficou famosa por trair Sansão apenas por despeito.
Sansão, herói bíblico, era conhecido por sua força excepcional, apaixonou-se pela irmã de Dalila, Semadar, que foi dada a outro homem. Sansão fica revoltado e sai barbarizando, além de desprezar Dalila que caia de amores por ele. Um belo dia, alguém mata Semadar para vingar-se dos prejuízos que o herói desprezado anda causando. Sansão jura vingança e a partir daí causa uma guerra sem fim até que ele se descobre apaixonado por Dalila que é procurada pelo chefe dos filisteus e convencida a descobrir o segredo de sua força. Somente por vingança ela aceita e corta os cabelos do herói. Os filisteus chegam, o agarram, furam-lhe os olhos e o levam para Gaza (desde aqueles tempos palco de discórdia). Lá, o prendem com duas correntes de bronze e o colocam para girar a pedra do moinho.
Na prisão, seus cabelos voltam a crescer. Um dia, os filisteus se reúnem para oferecer um grande sacrifício ao deus Dagon. Na ocasião, mandam trazer Sansão para que se divirtam com ele. Quando o colocam entre duas colunas que sustentam o templo onde se acham cerca de 3.000 homens e mulheres, ele invoca a Javé pedindo-lhe forças para que se vingue dos filisteus com um só golpe, por causa dos seus olhos. Sansão, então, toca as duas colunas centrais e grita: "Que eu morra com os filisteus". Em seguida, empurra as colunas com toda a força e o templo desaba, matando a todos.
Clássico do cinema
Essa história tornou-se um clássico do cinema do pós-guerra com o filme de 1949 dirigido por Cecil B de Mille e Heddy Lamar no papel de Dalila. O filme é considerado pela crítica é um ótimo clássico bíblico. "Além do cuidadoso trabalho de DeMille, o filme conta com uma direção de arte primorosa, uma trilha sonora espetacular, assinada por Victor Young, e um figurino fiel à época. A talentosa atriz austríaca, Hedy Lamarr, no auge de sua carreira, é um dos grandes destaques do filme.O filme apresenta, ainda, grandes momentos, como a antológica seqüência final, quando Sansão destrói o templo do deus Dagon", segundo a wikipedia.
A Dalila do cinema, Hedy Lamarr, nome artístico de Hedwig Eva Maria Kiesler, (Viena, 9 de Novembro de 1913 — Altamonte Springs, 19 de Janeiro de 2000) foi uma atriz norte-americana nascida na Áustria. Uma das mais belas atrizes da história do Cinema, na Europa ficou famosa ao aparecer nua num filme de 1933. Em Hollywood, seu papel mais famoso foi o de Dalila, no filme Sansão e Dalila. Foi inspiração para Walt Disney desenhar a Branca de Neve, "a mais bela", seu primeiro desenho animado de longa metragem (1937). Durante a II Guerra, curiosamente ela inventou um sistema de comunicação para as Forças Armadas Americanas na Segunda Guerra Mundial que serviu de base para o que hoje é a telefonia celular. Só se conseguiu construir um sistema desse tipo e que funcionasse a partir de 1958. Lamarr registrou a patente, fato que só foi divulgado para o público em 1981, devido as implicações militares. Casou-se seis vêzes e teve três filhos. Dalila é também o nome de três ciclones no Pacifico Oeste e a tempestade tropical que em 2007 devastou o México.
Cadê Dalila, primeiro single do novo e esperado CD de Ivete Sangalo, Pode Entrar, não é a primeira música com Dalila na letra. Uma delas, de Cazuza, Nem sansão, nem Dalila, fala também do amor mal sucedido entre o herói e sua traidora: Dalila:/ Eu nunca fui Sansão/ Nem Rambo - tele-catch – bobão/ A minha pátria é a vida!/ Dalila:/ Você me dá um trabalho/ Não sou Hércules, nem nada/ facilite a parada!/ nem Sansão, nem Dalila/ Apenas dúvidas, feridas/ Você me corta, trai e atrai/ Mas é a vida, querida.........."
Barbie, a boneca mais famosa do mundo comemora 50 anos na Feira de Moda de Nova York, evento em que 50 estilistas vão homenageá-la como ícone de moda
Maria de Fatima Dannemann
Mônica e sua turma cresceram. As Meninas Super-Poderosas também ficaram mais velhas. Mas, se a Barbie envelhecesse? Bom, talvez se encontrassem nas lojas as versões Barbie-Silicone, Barbie-Botox, Barbie-Lipo ou Barbie-Cirurgia Bariátrica, Barbie-Chapinha já que uma das características que tem cercado a boneca mais famosa do mundo é a sonhada idéia de juventude e beleza eternas. Gracinhas a parte, Barbara Millicent Robert, nascida sob o signo de peixes no dia 9 de março de 1959 em Willows, Winsconsin, criada por Elliot e Ruth Handler, fundadores da Mattel e batizada com o nome de sua filha, foi criada para simbolizar a mulher moderna e independente que nos anos 50 começava a dominar no cenário mundial, mas hoje é criticada por simbolizar justamente a mulher objeto, obcecada por imagem e acusada de favorecer a anorexia e a bulimia além de um ideal de corpo que não existe (a menos que a pessoa se submeta a sucessivas plásticas).
Amada por uns, odiada por outros, a Barbie é o brinquedo mais vendido em todo mundo. Logo após o seu lançamento vendeu 300 mil exemplares. Nos anos seguintes ganhou um namorado, Ken, amiga, irmã mais nova. Mais recentemente, tornou-se personagem de desenhos animados e em As 12 princesas ganhou versões criança, pré-adolescente, morena, loira, ruiva (embora a personagem principal dos filmes seja invariavelmente loira, olhos azuis, com a cara que lembra Farah Fawcett nos tempos em que As Panteras era tudo o que se tinha na TV de um trio de meninas boazinhas que sabiam bater). A polêmica em torno da Barbie vem desde sua criação. Até então, bonecas eram sempre babies e meninas. A Barbie veio adulta, com pernas enormes, peitões e modelitos absolutamente fashion e passou a inspirar estilistas de todo mundo.
Padrões Irreais
Ela é apenas uma boneca. Não diz sim, nem não. Ostenta um sorriso meio enigmático e representa – quase sempre – a mulher bem comportada e bem sucedida. Mas há quem veja na Barbie a culpa de toda a correria por padrões de peso, "saúde" e "beleza" que simplesmente não existem mas levam mulheres de todo mundo a doenças mentais ligadas a alimentação como bulimia e anorexia, e a se submeterem a uma série de cirurgias desnecessárias para atingir o modelo de pernona comprida (e de preferência fina) e peitão turbinado. Esse é um dos motivos que levou a Barbie, nos últimos tempos, a uma queda brutal nas vendas, mas não é o único. Começaram a surgir outras bonecas com os mesmos "padrões" como a Bratz, e a própria Barbie começou a ser clonada, surgindo as "genéricas" vendidas até em sinaleiras e pontos de ônibus.
Mesmo com todas as cópias, concorrências e críticas, a Barbie tem seus encantos e seu apelo. No ano passado, um shopping de Salvador realizou uma exposição sobre a boneca visitada não só por crianças mas por adultos. Muitas mulheres com mais de 40 brincaram com as bonecas e hoje este é o presente que elas dão as suas filhas e sobrinhas. Numa das lojas de brinquedo mais famosas de Nova York, a Barbie tem uma área dedicada a ela. Um canto inteiro da Toy'R'Us foi transformado em Palácio Cor de Rosa onde são vendidas não somente as bonecas, mas suas roupas e todos os acessórios que lhe acompanham. O que significa que, mesmo com toda crítica, a Barbie tem um apelo forte entre os consumidores.
Comunidade no Orkut, fã clube com 18 milhões de participantes, a Barbie ganhou vestido de noiva de mais de 100 dólares desenhado por Vera Wang, foi transformada em personagem de filmes, entre as quais Scarlett O'Hara de E o vento Levou, e já teve versões Grace Kelly, Woodstock, praticante de diversas modalidades esportivas, profissional de diversas áreas, grávida, surfista, e mais recentemente versões de fada, sereia e princesas famosas como Rapunzel.