Fatima Dannemann
Gosto de imagens em preto e branco.
Gosto de olhar fotos e filmes e ilustrações em preto e branco e imaginar as cores que eles possuem.
Quando eu era pequena, as vezes pegava um lapis de cor e pintava... Ou uma caneta. Ai, colocava dentes cariados em sorrisos colgates. Fazia chifrinhos em pessoas que eu achava feias.
Ou simplesmente coloria uma paisagem.
Imagens em preto e branco. Engraçado. Da primeira vez que eu vi Paris foi assim que ela me pareceu. Preto e branco. Com toques de cinza. Não sei. Paris pela primeira vez foi como um artista que você idealiza. Encontra o cara, vê que é apenas humano, perde a graça. Paris era um sonho. Quando vi que era apenas uma cidade, ah, e caótica como qualquer grande cidade, perdeu a graça. Enxergava tudo cinza. Não cinza como o cinza das fotos de Cartier Bresson, mas o cinza do cinza, do feio...
Então voltei de Paris e fui ver as votos de Cartier Bresson. E vi que Paris em fotos, mesmo preto e branco, tem seus encantos. Mas, Cartier Bresson é Cartier Bresson, e as pequenas fotos que faço na minha Canon amadora até a bobina que segura o filme, são apenas ousadias bem intencionadas de repórter que não sabe fotografar.
E nesse meio tempo eu fui a Londres e vi o sol e o céu azul numa cidade que diziam cinza, cheia de fog. E vi doidões tocando blues em pleno metrô. E o hyde parque mais verde do que os parques de Paris e desisti de atravessar a Mancha no Eurostar.
No ano seguinte voltei ao Paris. Munida de filmes coloridos. E comprei postais em preto e branco para minha coleção.
Estão no meu album, na verdade um saco de plástico guardado no meu armário que esqueço de mostrar as pessoas. Ninguem tem paciência de ver o exagero de fotos que uma jornalista curiosa tira em férias. Nem mesmo eu.
Gosto de imagens em preto e branco.
Gosto de olhar fotos e filmes e ilustrações em preto e branco e imaginar as cores que eles possuem.
Quando eu era pequena, as vezes pegava um lapis de cor e pintava... Ou uma caneta. Ai, colocava dentes cariados em sorrisos colgates. Fazia chifrinhos em pessoas que eu achava feias.
Ou simplesmente coloria uma paisagem.
Imagens em preto e branco. Engraçado. Da primeira vez que eu vi Paris foi assim que ela me pareceu. Preto e branco. Com toques de cinza. Não sei. Paris pela primeira vez foi como um artista que você idealiza. Encontra o cara, vê que é apenas humano, perde a graça. Paris era um sonho. Quando vi que era apenas uma cidade, ah, e caótica como qualquer grande cidade, perdeu a graça. Enxergava tudo cinza. Não cinza como o cinza das fotos de Cartier Bresson, mas o cinza do cinza, do feio...
Então voltei de Paris e fui ver as votos de Cartier Bresson. E vi que Paris em fotos, mesmo preto e branco, tem seus encantos. Mas, Cartier Bresson é Cartier Bresson, e as pequenas fotos que faço na minha Canon amadora até a bobina que segura o filme, são apenas ousadias bem intencionadas de repórter que não sabe fotografar.
E nesse meio tempo eu fui a Londres e vi o sol e o céu azul numa cidade que diziam cinza, cheia de fog. E vi doidões tocando blues em pleno metrô. E o hyde parque mais verde do que os parques de Paris e desisti de atravessar a Mancha no Eurostar.
No ano seguinte voltei ao Paris. Munida de filmes coloridos. E comprei postais em preto e branco para minha coleção.
Estão no meu album, na verdade um saco de plástico guardado no meu armário que esqueço de mostrar as pessoas. Ninguem tem paciência de ver o exagero de fotos que uma jornalista curiosa tira em férias. Nem mesmo eu.
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