Tuesday, September 23, 2008

Notas sobre os dias antes e depois do equinócio

Fatima Dannemann

 

           Para quem não sabe, o equinócio é a mudança do inverno para a primavera ou do verão para o outono. As outras duas mudanças são os solstícios. Seja como for, bastou chegar o equinócio e parou de chover.

 

            Nesta estação, o acontecimento do ano são as eleições municipais. Em Salvador são cinco candidatos protagonizando um festival de promessas fantasiosas entremeados com ataques e baixarias de lado a lado.

 

            O candidato que corre por fora, Hilton 50, como vem sendo chamado nas esquinas da cidade, já ganhou Ibope: seu jingle é o toque de celular mais baixado, pasmem!!!, entre patricinhas e mauricinhos, justamente a classe que o PSol quer combater.

 

            Alguns candidatos tem falado mal do PDDU, obras na Paralela e Orla. Mas é de se pensar: e deixar como está? E se tudo virar uma imensa favela que será da Bahia? Os turistas vão passar o carnaval em que lugar do mundo? Melhor equacionar.

 

            Nunca se construiu tanto em Salvador: com isso, empregos tem sido gerados em todos os níveis, diretos ou indiretos. Aliás, têm sobrado concursos públicos, também é só conferir os jornais especializados.

 

             Filmes da temporada: Batman, o Cavaleiro das Trevas é tão bom que os americanos cogitam relançar mais perto da votação do Oscar. Uma estratégia para refrescar a memória dos membros da Academia Americana de Artes e Ciências Cinematográficas.

 

             Não vá ao Baby Beef dia de sexta-feira. O restaurante lota, os garçons se atrapalham  e o caos impera. Aliás, nada mais out do que comer fora dia de sexta-feira. Todo mundo tem a mesma idéia. Os in e os pólo petroquímico. Haja.

 

             Subiu tudo na feira. Quiabo, amendoim, gengibre, dendê, castanha, camarão seco, vá lá: é o dia de São Cosme que chega. Mas no rastro subiram os preços do alface, tangerina, brócolis, pimentão e mais um monte de coisas alheias as tradições baianas.

 

             As manifestações pela liberdade religiosa em Salvador e no Rio mobilizaram centenas de pessoas. Com toda razão: não vamos nunca deixar acontecer no Brasil o que acontece em outras partes do mundo. Que cada um acredite no que for melhor para si e para a humanidade.

 

            A Favorita: ridículo é ver Halley (Cauã Raymond), golpista e com caráter duvidoso como Dodi e Flora, ser filho de Donatela enquanto Lara, doce, meiga e parecida com a avó, ser filha dos dois vilões da novela Isso agride a inteligência do espectador.

 

           Outra coisa: Juliana Silveira está tão fraca como protagonista de Chamas da Vida (Record) que se ela não aparece no capítulo da novela, ninguém sente sua falta. Pior que a vilã (como é o nome da atriz?) Ivonete é uma interprete pior ainda e não consegue roubar a cena.

        Atenção Rede Globo: que tal acabar com Malhação e colocar outro programa no lugar no ano que vem? Ninguém agüenta mais, mas a rede carioca parece que não liga para o que os espectadores pensam.

         

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