Uma novela que já acabou tarde: Sol Nascente. O que tinha tudo para ser uma historia interessante mostrando o cross-over dos costumes japoneses, italianos e praianos brasileiros virou um faroeste caboclo muito igual a tudo que a Globo já apresentou neste e em outros horarios. Tirando a paisagem e a atuação de alguns atores, a Globo errou feio em Sol Nascente uma das piores novelas que a Globo apresentou no horario das 18h.
Pra começar o par romantico principal: Giovana Antonelli e Bruno Gagliasso. Parecia mais que ela era tia dele e não namorada. Alem disso, não houve quimica. Gagliasso se mostrou fazendo a mesma coisa que ele já fez em outras novelas. La Antonelli não exibiu nem um décimo do charme e competencia que ela mostrou como a Delegada Helô de Salve Jorge. Ficou algo forçado e sem graça.
Uma honrosa excessão foi o par formado por Marcelo Novaes e Leticia Spiller. Talvez por já terem sido casados, algum dia, eles mostraram sintonia. Deu para convencer. La Spiller, quando não faz comédia nem interpreta perua, trabalha melhor. Marcelo só ficou forçado como pai de Bruno Gagliasso. Em certos momentos pareciam que tinham a mesma idade.
Ah, a história. Faltou falar sobre o que parecia ser uma bela historia de amor passada a beira mar e que virou um festival de vilanias, assassinatos, trambicagens e vigarices. Os "bandidos" se alternaram do começo ao fim sendo que Malvino Salvador e Laura Cardoso acabaram levando a melhor no México, enrolando os locais, o que não pegou bem porque até parece que só porque é latinoamericano os caras tenham que ser burros.
Nesses tempos de "politicamente correto não há, entretanto, do que reclamar. Alem de japoneses e italianos, houve um numero considerado de nativos e moradores das praias brasileiras, entre os quais alguns negros. Foi uma boa oportunidade para Juliana Alves mostrar seu talento. Em matéria de cenário, a Globo até que deu um show de paisagens. Mas não há mais o que falar dessa história descartável que, se algum dia voltar na sessão da tarde, muita gente nem vai se lembrar a que veio.
Maria de Fatima Dannemann - jornalista e noveleira.
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