Thursday, April 26, 2007

Eu quase não vi o País de Gales



Fátima Dannemann



Eu quase não vi o País de Gales. Na ida, passei meio rápido por Cardiff, na volta, dormia meio trôpega. Mal deu tempo de parar em Snowdon e comprar dois discos celtas. Para conciliar as cervejas do pub com horas de sossego é preciso algo mais lento. Eu vi lagos, castelos, ruínas, um mar que me lembrou aventuras medievais. Bonito. Tudo lindo e mágico como todas as Ilhas – britânicas ou não – cercadas de água por todos os lados e povoados por histórias, lendas, pelo imaginário e pelo real. Ali era assim, pelo pouco que eu vi. Bonito. Calmo, ou quase isso. Vi Cardiff à noite e de manhã meio cedo. E na volta passei por lugares nunca imaginados. Mas vi muito pouco.

Cardiff é bonita, segura e o povo de lá simpático quando dizemos please e eles abrem portas e escancaram janelas. Ninguém consegue pronunciar aqueles nomes enormes em letrinhas bonitinhas no idioma extra-oficial do país, gaélico. Eu nem tento. Preferi sentar num pub e pedir “a pint” porque nem precisa completar de que. O copão de cerveja vem meio quente, mas nem precisa ser gelado. O país de Gales, no final do outono, é bem frio. Frio, mas verde, nos vales e fora deles, até mesmo no jardim do antigo Castelo.

E o primeiro castelo medieval quase em ruínas ninguém esquece. Eu não esqueço o Castelo de Cardiff – que vi pouco. Ia jantar lá, mas alguém do grupo disse que não haveria jantar. Ninguém foi. Acabei comendo um spaghetti completamente italiano sem qualquer vestígio de sotaque celta. Longe do castelo, mas na rua principal das baladas galesas, cheias de pub, restaurantes e monte de gente andando a pé, pois lá, andar a pé é seguro. Ninguém incomoda ninguém.

A imagem do castelo vira monte de fotografias. Eu faço pose com suéter americano, subo escadas, deixo a imaginação voar e fico pensando: como seria o castelo nos tempos em que o rei da Inglaterra garantiu a autonomia local dando seu filho mais velho como príncipe local. O castelo é tão grande, que de fora ninguém imagina. E sua imagem é tão imponente que só depois eu lembro que este não foi meu primeiro castelo medieval. O de Montreux veio antes.

Mas a travessia de Fishguard para a Irlanda, sim, foi o primeiro cruzeiro maiorzinho do que um passeio de escuna. Esse marca. Principalmente porque o mar joga e o barco sobe, desce e cai em meio às ondas. Me senti Isolda levada por Tristão num caminho de volta, mas num barco transadinho com freeshop onde comprei monte de perfumes “made in France”, fast-food onde tracei um belo combinado de hambúrguer (naqueles tempos eu ainda comia hambúrguer) com batatas fritas regada a coca-cola, naturalmente. Isolda nunca ousaria. Mas eu também não beberia filtros mágicos...

Gales ficou para trás. Não sei quando volto por lá. Mas me sinto “em falta” com o país, que os ingleses esnobam achando meio “caipira” (mas quem os ingleses não esnobam?). Lembro de Cardiff, o porto remodelado com belos prédios residenciais, comerciais, área de lazer e o porto mesmo transferido para outro lugar, que nem aconteceu em Liverpool. Lembro de Snodownia, um belo parque com lagos, altas montanhas e um clima que lembra histórias de cavaleiros e dragões. Saltar na estrada em meio ao frio para uma foto. Aventura. Cerveja na lojinha dos discos celtas. Sanduíche de ovo no meio do caminho.

E na volta o caminho é diferente. Vamos pulando de ilha em ilha em meio a fazendas lotadas de ovelhinhas com a poupança suja de azul ou rosa (a marca do carneiro que será o pai dos prováveis futuros filhotes), em meio a menires, templos, castelos, muros de pedras que nem os da fazenda de E o vento levou... Ah, e o mar. Meio bêbada de sono e cerveja, lembro de abrir os olhos e ver praia aqui e ali, o que, em ilha, não é nenhuma novidade. O sorriso das pessoas marcou. O azul dos olhos e o cabelo loiro das crianças me fez lembrar Roberta, minha sobrinha. A boa vontade em agradar as pessoas me fez lembrar Maysa, minha prima. Eu quase não vi o país de Gales. Passei por lá muito rápido. Mas o que vi ficou na lembrança. E isso basta.



Salvador, 12.04.2007

Monday, April 16, 2007



Especialista em papeis bizarros

Bonitinho, mas...
Vejam os ultimos papeis que ele fez
1 - Inácio, um adolescente problemático que jurava ter matado o irmão
2 - Junior, um jovem problemático que tinha que ser machão para a mãe enquanto queria mostrar seu lado mais sensivel...
3 - Ricardo, outro jovem meio assim e assado, apaixonado primeiro por Ana do Véu, depois por uma mulher mais velha
4 - agora ele é Ivan, problemático, rejeitado pela familia e desonesto em paraiso tropical...
coitadoooooooooooooooooooooo


O Afeganistão é assim

ai na foto, uma mesquita muito bonita, por sinal.
Mazar al sharif, Bakti, e o resto eu não sei

Sunday, April 08, 2007


Um heroi de brinquedo que deu certo

Ele não é alemão. É paulista. Não é nenhuma flor que se cheire, tem defeitos, sabe ser grosseiro quando é preciso. É um mulherengo que teve a mesma mulher por onze anos e já promete se amarrar de novo. Diego Gasques, conhecido como Alemão, parecido, como lembrou Pedro Bial, com Johnny Bravo, é a nova sensação nacional ao vencer com quase unanimidade total o Big Brother Brasil 7.
Sua principal façanha não foi vencer o programa, apenas. Nem entrar no jogo pela janela. Afinal, as vencedoras dos BBB4 e BBB6, Mara e Cida, também não se inscreveram. Foram sorteadas. Sua façanha foi vencer sem contar miséria, sem bancar o pobrinho, sem posar de religioso, santo ou mesmo de bonzinho sem qualquer defeito. Pelo contrário. Alemão berrou, esperneou, desancou a agora amada Iris com desaforos, passou outra mulher na cara dela, fez ameaças e encarou os rivais Airton, Felipe, Alberto, Bruna, Analy e Carol sem medo de ser feliz.
Ele foi e não negou fogo.
Mas, num momento em que o país combate o preconceito, estava mesmo na hora de mostrar o que é ser igual a todo mundo. Mesmo sendo loiro, bonito e bem nascido e com todos os defeitos do mundo.


FLORES PARA QUEM MERECE FLORES E ESPINHOS PARA QUEM PRECISA
flores para

- Carol do BBB7... Ninguem diria que ela chegaria em segundo lugar.

- Bard Pritt e Angelina Jolie - adotam mais um filho em pais de terceiro mundo e tiram uma criança da linha de miséria e abandono.

- Goleiros que impediram o milésimo gol de Romário - por motivos óbvios. Poxa, que carnaval em torno disso...

Espinhos para

- Galvão Bueno

- quem vem escondendo os reais motivos da mortandade de peixes na Baia de Todos os Santos, já que essa historia de maré vermelha não convenceu

- a BaBaca que escreveu besteira no meu outro blog

- dança de salão do Faustão (festival de cafonice)