Friday, April 27, 2018

CRONICA SOBRE ESCOLAS E A VIDA

Não, não gostei da temporada de Malhação Vidas Brasileiras que entrou em cartaz este mes. Não só sinto falta de Keyla, Lica, Tina, Ellen e Benê, do clima de amizade, de superação, e da leveza própria da adolescencia, como acho que nessa nova Malhação está sobrando mau carat -= er, traição, roubos, mentiras. Está virando O Outro lado do paraiso teen com pequena ajuda de uma noviça rebelde que na verdade é professora.
Os globobos de plantão vão dizer. Mas, isso é a realidade. Eu digo: não vejo novela querendo reprise da realidade. Para isso tem o jornal que me dá triste noticias como a dos dois meninos baleados em colégios publicos aqui de Salvador. Um, o Carneiro Ribeiro, um colégio tradicionalissimo aqui da cidade, destaque nos velhos tempos das Olimpiadas da primavera, situado em um bairro familia da cidade (pelo menos era familia) a Lapinha. O outro na Armação, não lembro o nome, um dos bairros da Orla que mais crescem e ganham espigões de luxo.
Que a culpa não seja da Globo e sua ridicula Malhação Vidas Brasileiras - que deus a leve logo para o rol das temporadas esquecidas, embora o suplicio esteja apenas começando. Mas a culpa é da banalização da vida e da violência que tomou conta do Brasil e do mundo nos ultimos anos. Sim, do mundo, porque vira e mexe isso acontece nos todos poderosos Estados Unidos da América. Um maluco chega atira e mata os coleguinhas. Mas é preciso dar um basta.
Nenhuma vida é banal. Todos os seres são preciosos e unicos para alguem ou quando nada para a divindade na qual acreditam (ou não).
Pior de tudo foi o silêncio que reinou nas redes sociais depois das duas tentativas de homicidio (não sei se morreram, então não falo em assassinato). Como se um adolescente pudesse morrer a vontade que não faria falta. E se essa epidemia chega as escolas particulares? E se sai das escolas e chega aos shoppings? E se sai dos shoppings e chega aos condominios, casas, praias? Teremos projetos de adultos armados até os dentes matando a migué qualquer pessoa que ache que lhe desagrade a troco de nada.
Pais, esducadores, tios, vizinhos, amigos está na hora, aliás, talvez tenha até passado da hora de ajudar essa moçadinha. Há um grito preso nas gargantas: estou aqui. Talvez os pais estejam tão ocupados ganhando o sustento da familia ou tenham suas próprias questão e se esqueçam dos filhos. Talvez, muitos meninos não tenham em casa aquilo que se espera de uma familia: educação, exemplo, orientação, e até carinho. Os professores jogam a responsabilidade nos pais que devolvem as escolas e ai mora o perigo: o menino é adotado por traficantes, ou pedofilo, ou por malucos como o cara que inventou o Baleia Azul. Dá no mesmo.
As escolas tambem precisam rever seus conceitos e suas formas de educar. Ficar numa sala calorenta, apertada, sem muitas vezes ventilação e luz, enquanto um professor derrama uma verborreia sem nem perguntar se os meninos entenderam é de lascar o cano. Nos meus tempos de estudante isso me levava a loucuras como lascar o livro de fisica depois de pedir mil vezes ao professor para repetir. Mas isso acho foi o máximo de violência que alguem do meu tempo cometeu: rasgar um livro enquanto gritava feito doida. Ou tocar fogo na sala da aula dançanddo "bat macumba" como eu soube que fizeram. Hoje, o sufoco é pior: se estende pelo medo nas ruas, pela herança nefasta dos ultimos desgovernos, por todo o clima no mundo. Hoje, ninguem rasga livro: atira nos coleguinhas. Perde um possivel amigo, e ainda se queima pelo resto da vida. A culpa não é só da Globo. Mas os meninos precisam de um tom de esperança em suas vidas. Chega de maus exemplos.
#365cronicasbymfd #cronicasbyfatima

Thursday, April 26, 2018

CRONICA SOBRE TEMPOS LONGOS E BREVES

A hashtag diz 365 cronicas. Mas eu nunca falei que seria uma por dia. Tem dias que eu não escrevo nada. Tem dias que sai mais de uma. Então que sejam 365. Marquei uma data para parar. Março de para o ano. Pensei numa maluquice: juntar tudo em um livro. Não, ninguem ia publicar. Não são bilhetes de um pai desenganado para a unica filha, não são listinhas bobas que todo mundo ri, apenas meus recadinhos nesse mundo facebookiano que de vez em quando eu republico em meus posts.
Pensando bem: 365 dias é muito. No dia a dia, não sentimos o tempo como tempo, algo eternamente divisivel e "multiplicavel". Achamos que o tempo passou rapido, que não houve tempo de fazer nada. É que não computamos coisas organicas como quantas vezes por minuto nosso coração pulsa, quantas respiradas em uma hora, e o piscar dos olhos. Dá tempo de tudo isso e mais: comer, dormir, sonhar, fazer planos, ir ao banheiro, tomar banho, vestir uma beca legal, ligar para os amigos, trabalhar, falar coisas tristes ou coisas engraçadas, rir, chorar, ler, enfim viver.
Lembro do musical Rent - que ninguem viu porque não é bonitinho feito A Bela e a Fera, nem tem standards chatoides como O Fantasma da Opera. Mas eu vi, adorei, tenho o CD da trilha sonora, vi o filme e recomendo. Uma das musicas fala sobre como podemos medir um ano, quantos minutos, segundos, risos, lagrimas e copos de cafezinho. Ei!!! Meus leitores atentos (eu tenho varios e sei disso) vão dizer que já escrevi sobre isso. Mas é só uma forma de falar sobre o tempo. Meu sobrenome nem é Hawkins nem Einstein e eu não fui lá uma aluna muito brilhante em fisica (leiam minha outra cronica e lembrem que eu lasquei um livro).
Uma vez participei de um trabalho de meditação - acho que foi no Espaço Mahatma Gandhi que eu recomendo a todo mundo que conhecam. O professor pedia que lembrasse tudo que nós fizemos desde a hora que acordamos. Isto com detalhes tipo "abri os olhos, levantei, fui ao banheiro, etc etc etc. Coisa que Deus duvida. Não fosse isso eu resumiria em meia duzia de pensamentos: sai, fui para o jornal, fiz minhas duas materias, voltei. Com riqueza de detalhes o tempo parece que nos ajuda.
Ha, eu sei que tem horas que o tempo não passa. Na cadeira do dentista, por exemplo. Você reza para que aquele maldito tratamento de canal acabe logo.Mas no meio do processo a atendente aparece "doutor, telefone de sua casa". Até o dentista responder que não pode atender parece que o tempo congelou. Ou nos momentos de espera. A espera muitas vezes é angustiante. Antes de uma cirurgia, principalmente. Ou antes de qualquer consulta médica. O tempo para. Ou parece que para. Não é aquele mesmo tempo em que tudo rende e se multiplica em nossa vida. Mas um tempo em que sentimos presos, inuteis.
E assim é esse que chamamos tempo, eterno, mas implacavel, longo, mas breve, tempo que serve até para medir distância entre os homens e as estrelas. Ou entre os ma seres humanos e seus próprios sonhos.
#365cronicasbymfd #cronicasbyfatima
Fatima Dannemann Jornalista que ia escrever uma coisa, saiu outra mas gostou do resultado.

Wednesday, April 25, 2018

CRONICA SOBRE CACHORROS

Eis que ontem me peguei xingando um certo energumeno de cachorro. Coitado do cachorro. Nem um pequines merece ser comparado a certas raças humanas e olhe que pequines, pinscher e poodle são cachorros que despertam em mim os piores instintos. Dá vontade de dar uma bicuda e fazer eles voarem longe e se espatifarem ganindo caim caim caim.
Mas, a maioria dos outros cachorros não merecem ser comparados com salafrarios, ordinarios, trairas, ladrões e outras... raças humanas ruins, ao vivo, na televisão, em novela, em discursos.
Não eu não vou dizer quem eu chamei de cachorro. Acrescentei um pequinês porque até parece um pequinês mesmo: no fisico principalmente. E ai eu lembro que hoje em dia, as madames não criam mais pequineses, nem poodles. A raça top de linha entre as mais ricas é a Lulu da Pomerania, aquela peludinha que parece um chowchow miniatura e é muito fofa, embora seja tão invocada quanto as raças motivo de meu desafeto.
Disgrama pior do que pequinês (histericos, tirado a valente, daqueles que desafiam tudo e todos) é o pinscher. Um anãozinho que se acha um verdadeiro dobbermann. Tinha um no Campo Grande que eu não dei uma bicuda porque nessa época eu tinha fobia de cachorro. Hoje tenho medo, mas consigo me relacionar com um ou outro cachorro (dos bons, claro, e falo dos animais). Holly é uma delas. Mas minha irmã Marilu, diz que Holly (uma maltesa branca linda que eu chamo de bolo de pelo) não é cachorro "ela é minha netinha".
Convenhamos que o fato de xingar alguem - mesmo que o de ontem mereça mesmo (e aliás, energumeno é pouco) - seja de cachorro, cachorra, ou qualquer bicho ou nome, não é muito bom não. Eu tenho a boca meio suja embora a maioria dos xingamentos que eu uso sejam animais (perua não é xingamento não, é adjetivo, faço a ressalva). Mas qunado ouvi aquele cara dizendo mdizendo mentiras e falando mer...me irritei. Quase vomito meu almoço e nem ouvi tudo o que ele disse. Cachorro, foi o que saiu primeiro. Emendei. Mas ai lembrei que radicais de outras eras treinavam cachorro para comer carne humana nos campos de exterminio. A culpa pode ate nem ser dos cachorros, mas eram dos colegas deles...
Quanto as cachorras - elas viraram letra de funk mas eu acho ridiculo. E as peruas, que não é xingamento, mas adjetivo, fica para outra cronica.
#365cronicasbymfd #cronicasbyFatima

Maria de Fatima Dannemann que passa ao largo de politicagens

Tuesday, April 24, 2018

CRONICA PARA TIRAR O ATRASO

Estou que nem mulher grávida antes de ir pro médico: perdi as contas do atraso. No meu caso é atraso nas crônicas. Faz mais de não sei quanto tempo que nao escrevo nada; Acho é que tenho que ter estimulo, coisa que nos ultimos dias não tive, e não posso receber uma critica. Sem essa de critica construtiva, se fosse assim se chamaria construca. Se é critica vem de crise e o objetivo é um só: lascar com a vida dos outros. Crueldade? Não, realidade.
C...ruel foi quem chegou para minha irmã Marilu e criticou meus posts aqui e no Instagram. Para variar, ela preferiu proteger a criatura sem declinar o nome. Ainda disse que essa fdp é mais minha amiga do que dela o que eu duvido. Amigos não são escrotos de falar pelas costas. Amigos apoiam, dão a mão quando é preciso e defendem a pessoa na presença e principalmente na ausencia.
Mal sabe essa criatura que eu, como jornalista, como profissional de comunicação, não tenho medo do que eu escrevo. Não sou zorro, nem batman, então não uso máscaras. Se tivesse medo, nem nas redes sociais eu estaria. O que é muito chato, pois hoje, quem não está no zap, no insta, no face, e em outras redes, não existe.
Quem não está nos meios virtuais nunca é convidado pra nada (se bem que isso é relativo porque eu estou e morro esquecida), não recebe parabens nos aniversarios, nem feliz natal, feliz páscoa e outros felizes dias que inventaram por ai. Tudo bem, isso pode ser relativo. Eu ainda telefono pros mais chegados para dar parabens. Alias eu telefonava mais para as pessoas. Quando as ligações para celular passaram a cair sem me atenderem percebi que não sou bem vinda. Para completar vem essa frustrada e invejosa criticar meus posts com minha irmã. Sacanagem.
Não vou deiixar de escrever minhas 365 cronicas, esteja certo. Apenas vai demorar mais tempo...
#365cronicasbymfd #cronicasbyfatima

Maria de Fatima Dannemann Jornalista, apoia os artistas formados e registrados em sua luta

Monday, April 23, 2018

CRONICA SOBRE PERUAS E SUAS VIAGENS

Toda vez que entro numa agencia de viagem por algum motivo alguem pergunta "porque não vai para Dubai". Devo ter cara de rica pois perua é o que eu não sou, e Dubai é um dos destinos preferidos de 11 entre 10 peruas por ai afora. Isto é, Dubai só não, as ilhas Gregas, Istambul e Paris.
Toda perua tem um fascinio inenarravel por Paris. Numa lista de 10 cidades que eu gosto, curto e amo, a capital da França não está sequer entre as 11. Tem co...isas melhores, mais bonitas, mais animadas, mais cultas e até mais chiques do que Paris. Só que as peruas, que se limitam a ler revistas de moda e acompanhar a vida obvia das blogueiras (a secreta essas futuras peruas nunca mostram), acham Paris o máximo.
Mas eu falava de Dubai. Vejo as fotos, até me dá vontade de ir, mas tem tres coisas:
1 - tenho muito mais a conhecer antes de pensar em Dubai, Abu Dabi, Sarjah, Fujairah e os outros tres emirados que agora eu esqueci o nome.
2 - Vejo as fotos e acho que lá tudo é fake: ilhas, canais, praias e se duvidar até o deserto
3 - tenho alergia a pena. Por isso nunca fui a Cancum e nem penso em ir a Punta Cana, outros dois destinos que as peruas a-do-ram.
Já fui as ilhas Gregas, entretanto. adorei Mikonos, Santorini é mais ou menos, mas a melhor é Creta. As ilhas só tem um pequeno defeito: são caras e pecas. Prefiro o caribe: até a musica é mais animada (embora tenha perua que adore o Caribe tambem, especialmente St Barth). Istambul não é nada do que mostrou a novela Salve Jorge e as peruas só querem saber de ir ao Grande Bazar achando que lá é a 25 de março.
Aindae não chegou a vez de Dubai e seus parques temáticos (está virando uma Disneylandia mulçumana), nem de qualquer outro destino. Tem tanto tempo que não viajo que sinto raizes saindo dos pés.
Mas eu não sou perua. Sou das que se for a Nova York vou ignorar O Rei Leão e outros musicais da moda. Prefiro Londres com tudo que vemos na rua. A monarquia tem seu charme. Mas, deixa as peruas viajarem. Adoro quando elas voltam e eu pergunto: gostou? como é a cidade? elas sempre contam animadas "comprei tal perfume baratinho e trouxe um vestido maravilhoso pro reveillon". Não tem nada de errado em gostar de perfumes e vestidos. A falta de cultura de algumas peruas é que doi. O mundo está muito alem de Dubai. Só que elas ainda não sabem.
#cronicasbyFatima #365cronicasbymfd

Maria de Fatima Dannemann que quando foi reporter viajou pra caramba a trabalho

Sunday, April 22, 2018

CRONICA SOBRE PERDAS

A irmã de Laura morreu. Laura trabalhou aqui em casa por mais de 30 anos entre idas, vindas, férias, gravidez, licenças e outros perrengues. No sábado, a irmã dela, Celia, que tambem trabalhou aqui em casa, faleceu. Celia e Laura são duas negonas bonitas. Quando elas eram jovens eu brincava dizendo que ia inscreve-las no concurso Beleza Negra do Ilê Ayiê. Célia pegou uma doença (ninguem me explicou direito o que foi), se internou no Couto Maia e de lá foi... direto para a Baixa de Quintas. Laura sofreu muito. Geraldo, filho de Laura, que trabalha aqui no prédio, ficou tão abalado que não conseguiu vir trabalhar.
E eu penso em minhas próprias perdas. Como fiquei abalada quando meu tio Zé Goes morreu no ano passado, a dor melhorou quando achei uma foto dele comigo bebê e coloquei aqui as minhas vistas. E olhe que eu sei que a vida continua, que existe reencarnação, imortalidade, leis universais que vão alem de todas as fisicas e que ninguem muda. Mesmo assim é a questão da perda. Talvez sintamos tanto a dor da perda, da morte de alguem, não é nem pela falta ou pelo apego, é que somos parte da mesma humanidade e acho que quando perdemos alguem ou quando alguem perde um ente querido é como se arrancasse um pedaço de nossa própria humanidade.
Não sei. Acredito em reencarnação, imortalidade, mediunidade e todas as outras leis. Mas penso em que não acredita ou não aceita. Deve ser mais dificil e isso me faz sentir a dor deles tambem. Claro, um dia isso passa, um dia quem se foi acaba esquecido num album de fotos que raramente alguem abre, ou numa sepultura que muitas vezes acaba diilapidada porque insistem em construir cemitérios perto de favelas (ou vice versa, vá entender); Acho que foi Elizabeth Kubler Ross que falou que a unica coisa certa na vida é aquela que o homem nunca se prepara: a morte.
Não penso muito no assunto, confesso, embora já tenha feito um rascunho de meu testamento na minha cabeça, e pensado numa playlist para o meu velorio.Com musicas animadas, claro, pois detesto "mementos". Mas a cronica é sobre perdas. E perder não é só ver alguem morrer, Inclui outras vertentes. Algumas fazem chorar, outras levam ao desespero. Todas fazem questionar "o que será o amanhã?"
Quem tem forças pra lutar, corre atrás, dá a volta por cima. Quem não tem acaba buscando outras saidas. As mulheres são sobretudo fortes, principalmente mulheres que são pais e mães para seus filhos e que nem tem tempo de pensar em suas próprias dores. Minha mãe sempre foi assim, como a mãe dela antes. Como Laura, sobrevivente de uma familia de muitos irmãos. Em nome da luta da vida, ela será capaz de dar a volta por cima.
#365cronicasbymfd #cronicasbyFatima

Maria de Fatima Dannemann jornalista que reza pela paz na siria

Saturday, April 21, 2018

CRONICA SOBRE HEROIS DE NOVELA

Batman que me perdoe. Mas meu heroi agora atende pelo nome de Motoqueiro Vermelho, identidade secreta, Malvino Salvador. Ops, quis dizer Coronel Brandão, personagem do Malvino em Orgulho e Paixão. Uma mistura de Zorro, Motoqueiro Fantasma e o Morcego Vermelho do Peninha do inicio do século. Uma tacada certeira da Globo. Isso que nós precisamos: um heroi de verdade para salvar a teledramaturgia que anda repleta dos piores clichês da vida real.
Pr...ecisamos de um pouco de fantasia e aventura para contrapor aos romances piegas de costume, embora GRAÇAS A DEUS, pelo menos por enquanto, Orgulho e Paixão está longe de ser piegas. Nem os desencontros da doce Jane com o Abestalhado do Camilo são assim dramáticos ao ponto de encher o saco. Mas, foi longe da mistureba dos romances de Jane Austen, que a Globo deu a terceira sacada terceira no horário das seis. Sim, porque, se não descambar para o faroeste caboclo, Orgulho e Paixão será legalzinha e um sucesso quase tão grande quanto Novo Mundo e Tempo de Amar.
O Motoqueiro Vermelho de repente roubou a cena e agora Mariana, irmã da doce Jane e de outras tres mocinhas casadouras, quer porque quer descobrir quem é o defensor dos fracos, oprimidos e donzelas mais ou menos ingenuas do Vale dos Cafés. Heroi virou a marca registrada da novela e foi outro mascarado que salvou a doce Jane e sua irmã Elizabeta(nomezinho ridiculo) de virar prostituta num brega de São Paulo.
Enquanto isso, não na sala da liga da justiça, mas na sala de Jorge que por coincidencia é advogada, os dois mocinhos da novela chutavam o balde e desistiam de procurar as duas meninas do interior. E Thiago Lacerda, ops, Darcy, ainda colocou a culpa em Elizabeta.
Por essas e outras, tem espectadores torcendo pelo morcego, ops, motoqueiro vermelho (como Jornalista não deixo de comparar o coronel com meu "colega" Peninha, reporter de A Patada nas revistinhas Disney). Malvino Salvador acabou aparecendo mais nos ultimos capitulos. Apesar do bigode ridiculo, o Coronel está bonito, Malvino é talentoso e o Motoqueiro é o heroi que todas as mocinhas romanticas como Mariana gostariam de ter. Melhor para a novela que sai do lugar comum e de uma perigosa mistura literaria que podia nem dar certo.
#365cronicasbymfd #cronicasbyFatima

Maria de Fatima Dannemann jornalista e noveleira