Tuesday, February 28, 2017

Tudo o que ainda é preciso dizer sobre o Oscar 2017


Maria de Fatima Dannemann


Mico, macacão, King Kong. Não há como descrever a vergonha que foi o final da festa do Oscar 2017. A turma de Lalaland no palco, com estatuas na mão, fazendo discursos, agradecendo coisa e tal quando alguem diz: "foi um erro. Moonlight o premio é seu". Melhor pra turma de Moonlight que fez um carnaval no palco. Nem tanto ruim pra Lalaland que foi o grande vencedor da noite. Com cara de tacho ficou Faye Dunnawaye para quem Warren Beatty entregou o envelope errado para que ela lesse e a produção da festa. A pobre da Emma Stone estava sem entender nada, ela estava com o envelope com seu nome o tempo todo. Havia outro. A Price Waterhouse, responsável há anos pela contagem, tabulação e sigilo dos vencedores sempre dispõe dois envelopes na festa para evitar confusão. Não adiantou nada. Um funcionário mais interessado em tuitar sua participação na festa do que reparar se entregou o envelope certo. Bom, mas não são dois envelopes? E o outtro, estava com quem? Teria outro funcionário? Onde ele estava?

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Achei a explicação simplória demais. Tudo, pra mim, tem a ver com Trump. Sim ele. Depois de elegerem os delegados que deram maioria aos republicanos que elegeram Trump, os americanos resoolveram fazer oposição. Lalaland, que é lindo, uma verdadeira fábula sobre sonhos e realizações, mas protagonizado por brancos (pobre, trabalhadores, honestos, decentes, mas brancos e sadios), não poderia ganhar de um filme pesado, feio, falando de drogas e do submundo do crime. Não, as minorias perseguidas por Trump é que tinham que ganhar. Por isso Lalaland perdeu. Não vi Moonlight, agora deu vontade de ver só para comprovar minha teoria. E olhem que eu nem estava torcendo por Lalaland. No fundo, sabia que ele levaria tudo, menos o melhor filme. Achava que Estrelas Alem do Tempo levaria a melhor. É um filme comovente, tem denuncia, tem cenas imperdiveis, mas é positivo, mostra que mesmo com racismo, discriminação, etc, é possivel dar a volta por cima.

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Comparando com o Miss Universo, o Oscar foi pior. Ali, quem se enganou foi o apresentador. Dessa vez o erro foi da empresa que desde priscas eras vem cuidando da lisura e correção dos candidatos. Foi como roubar no sorteio do amigo secreto. "Esse presente é meu". Só que quem viu o erro foi o produtor de Lalaland que chamou a turma de "Moonlight" ao palco. Pois é. Já estava zangada pela falta de premios a Estrelas alem do tempo e ao belissimo Lion. Mas, a Academia é careta, não curte musicais (nem sei como premiaram Chicago que cá pra nós é uma droga), racista, xenofoba (a menos que os estrangeiros estejam na lista de "queridinhos da vez" como aconteceu em "quem quer ser um milionário) e machista. Pena. Moonlight e Lalaland passam a historia do cinema americano como protagonista da pior trapalhada da academia desde 1927 quando os premios começaram a ser distribuidos. A Academia de Artes e Ciências Cinematograficas sempre foi alvo de boatos e acusações de favorecer esse e aquele tipo de filme. Dessa vez, tudo mundo viu.


Wednesday, February 22, 2017

Sobre Filmes e Premiações



Uma boa safra de filmes indicados e premiados fizeram a festa neste verão. Claro, tem altos e baixos. Para um monumental e maravilhoso Lalaland, tem a chata da Tata Werneck mais uma vez interpretando ela mesmo num filme brasileiro que tomou conta dos multiplex da cidade não sobrando espaço para titulos de melhor qualidade. Uma lástima que nem todos os exibidores tenham sensibilidade para relegar esta invenção da Rede Globo ao Corujao da Madrugada.

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Bom, quem passa ao largo dessas baboseiras, teve a chance de assistir não somente ao belo e mágico Lalaland (deve ganhar o Oscar assim como ganhou o Globo de Ouro, o Bafta e outras premiações) e outros bons filmes que passaram em outros cinemas da cidade como os do Shopping Barra e os do Shopping Paseo onde os exibidores têm sensibilidade suficiente para agradar ao público mais cabeça que frequenta essas salas.

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Alguns desses belos filmes poderão ser vistos inclusive durante o Carnaval nas  salas de arte do Shopping Paseo Itaigara. Tá, os cineminhas andam meio com cheiro de mofo. Mas se os filmes são bons, as mazelas nem se fazem sentir. No Paseo estão em cartaz em horários alternados: A qualquer custo, Lion, uma jornada para casa, Estrelas Alem do Tempo, Manchester a Beira mar. Este último (ainda não vi) tem agradado em cheio a todos os que assistiram apesar da historia triste.

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Lion eu classifico como um belo poema sobre perdas e recompensas, solidão e amizades, persistencia, sobre sofrer mas sonhar com o belo da vida. Um menino se perde do irmão, é adotado por uma familia australiana, se livra da pobreza e de um destino  trágico, mas nunca esqueceu a familia de verdade, a quem ele busca encontrar 25 anos depois. O filme é simplesmente lindo. Talvez não ganhe nenhum dos seis Oscar, mas ficará gravado na alma.

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Estrelas além do tempo é mais do que um filme de denuncia de racismo. Sim, tem isso e você fica indignado com o que acontece. Mas, tem muito alem disso. São tres mulheres simplesmente geniais que ajudam a colocar o americano no espaço. Calculos que nem os gênios brancos da Nasa conseguem fazer, as tres negras da Virginia conseguem fazer numa boa. Uma delas desafia os homens e o preconceito e se torna engenheira, a outra é a genia da matemática que o astronauta considera a unica capaz de calcular sua reentrada na atmosfera com precisão. A terceira estuda computação sozinha e poe para funcionar o trambolho que a IBM instala na Nasa e que ninguem consegue manejar.

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Qual eu prefiro? Filmes sobre mulheres me tocam mais. Sou Estrelas alem do tempo desde criancinha, mas a mágica de Lalaland me encantou. Amo a música, a realização dos sonhos, o numero de abertura é o máximo. Sou péssima de prognósticos. E tivemos A Malvada que de todas as indicações só levou uma. Mas de todos, seja o que ganhar, MERECEU. E olhe que ainda falta eu assistir vários dos indicados.
PS: depois falo sobre Moana e Sing.

Monday, February 20, 2017

Tutti Frutti e Hortelã - em ritmo de Carnaval



O pre-carnaval tem ganhado cada vez mais força na Bahia. Talvez porque o "loteamento" das ruas da cidade entre blocos, camarotes e sabe-se lá mais o que tenha afastado o povo que quer apénas brincar e se divertir.

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O Yacht Clube da Bahia não vai fazer carnaval, mas desde janeiro vem movimentando a barra com festividades. Primeiro foi o Yacht Sunset, que levou ao clube a grande Marcia Short, o sempre animado Fred Moura, Marcelo Timbó e outros.

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No dois de fevereiro, a dose foi dupla: feijoada de Yemanjá, no salão de festas animada pela banda Negra Cor -´evento impecável em todos os aspectos - e mais tarde um hiper-mega-top show de Durval Lelis que fez o chão do clube tremer de alegria.

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Durval chegou pelo mar, fazendo a maior festa, dispensando seguranças dizendo "estou entre amigos". E a partir dai foi desfiando velhos e novos sucessos. Ninguem ficou parado, mas a festa foi tambem um show de como um mega evento deve ser.

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Ainda no Yacht, Waltinho Queirós e a banda Os Marchistas se dividiram entre os sucessos dos eternos blocos do Jacu e Amigos do Barão. Foi um momento para os mais velhos, mas a galerinha mais nova tambem dançou.

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Finalmente outros dois momentos: o baile infantil. Show de bola, como sempre, e o A La Vontê que fechou a temporada, no dia 16 com um mega hiper show com músicas novas e antigas fazendo todo mundo dançar sem parar.

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No sábado, 18, foi a vez dos adeptos da zumba, professores e alunos, se reunirem no boteco do estacionamento do centro empresarial Iguatemi com um aulão pre-carnavalesco muito animado onde deu de tudo, desde os hits latinos e caribenhos ao discutivel arrocha.

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Na Praça Ana Lucia Magalhães, no sábado 18 e no domingo 19, ainda rolou aulinhas de fit dance comandada pela equipe do Hammer Fitness Clube. Alem de um divertido desfile de fantasia de cachorros.

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Ainda sábado, 18, foi dia de Jacu e Barão juntos na Barra, Fuzuê, Feijoada do Mar e outros eventos de maior e menor porte como bailinhos infantis, e lavagem de condominios residenciais. Está provado: o povo quer retomar o carnaval.







Sunday, February 19, 2017

Câornaval na Praça

Na Bahia, até os cachorros cem na folia. Ou pelo menos, seus donos tentam trazer para seus pets um pouco do espírito de alegria do reinado de Momo. Hoje, na Praça Ana Lucia Magalhães, durante a feira Boa Praça, houve um desfile de fantasias caninas, muito divertido.


Tinha colombina, havaiana, bailarina, cigana...


Tinha uma marinheira muito charmosa


Não sei se era fada ou borboleta, mas foi realmente a que eu mais gostei.


Não, eu não gosto de Roberto Carlos, e daí?

Fatima Dannemann

       Você sabe qual o titulo do último CD de Roberto Carlos? Você sabe cantar alguma música recente (não, não vale Emoções, e Como é grande meu amor por você é mais velha do que a Sé de Braga)? Aliás, em algum dos últimos shows que a Globo transmitiu o rei (?) cantou alguma música nova? Qual? Ah, não lembra. Então, não me venha com xurumelas. Você diz que gosta, diz que morre de amores por Roberto Carlos mas apenas segue uma tendência, a de que pra ser “sensível”, “bom”, “romântico” tem que gostar do cantor. Pois se for assim eu sou insensível, má e interesseira pois assumo: não, eu não gosto de Roberto Carlos. Acho o estilo de suas musicas cafona, e o que o separa de “astros” mais do que populares como Reginaldo Rossi é apenas o preço do ingresso dos shows, o público que se enfeita para ver e ser visto e o respaldo da Globo. Fora isso, merci beaucoup, mas entre ver um filme que eu já vi zilhares de vezes como um da série Batman SBT exibiu no ultimo sábado e o “inédito” e “superproduzido” show de Roberto Carlos em Jerusalem, eu preferi o Batman.

     Até dei uma olhada no show para ver aquele terninho que lembra farda de motorista (com todo respeito aos motoristas), aquele cabelinho de franja rala, o microfone virado de lado e toda a parafernália que cercam seus shows. Nada contra Roberto Carlos pessoa, que eu aliás nunca conheci, tudo contra o que ele se tornou. Onde anda o parceiro de Erasmo Carlos (aliás, o cabeça da dupla segundo tudo o que a historia revelou) em clássicos dos anos 1960 como Negro Gato, Sua Estupidez ou As curvas da Estrada de Santos? Dessas eu gosto, especialmente da última. Mas, me parece que chegando às décadas de 1970, 1980, 1990, Roberto Carlos resolveu seguir a trilha das músicas “românticas” (eu chamo de brega, mesmo, mas deixe o romântica entre aspas, porque é o rótulo nas lojas de disco). E então, formula pronta, RC começou a produzir discos e shows anuais e mais recentemente um cruzeiro marítimo que arrasta milhares de pessoas pelo litoral brasileiro e até gerou outros produtos semelhantes com duplas sertanejas e outros artistas.


    Criou-se a imagem do ídolo “certinho”, tão politicamente correto que ninguém nunca soube sua opinião ou seu voto em nenhum momento da historia do pais, tão religioso que criou uma música que é tocada em todas as igrejas católicas no lugar da Ave Maria. Nunca vi entrevistas do Rei, nem coletivas nem exclusivas. Mas, também nunca vi Roberto Carlos em fotos de baladas de revista de fofoca. Até ai, tudo bem, o povo precisa de bons exemplos. Mas essa imagem dá também impressão de alguém inatingível, alguém que só pode ser visto ou no palco ou nas telas da TV, de longe, falando com aquela voz anasalada “são tantas as emoções”.


          Santas diferenças, Batman. O Roberto de hoje está longe do cantor da jovem guarda que junto com Erasmo Carlos, Vanderleia e outros que ninguém mais lembra o nome, eram os rebeldes dos anos 60. Rebeldes, sim. Mas até certo ponto. Eram os que andavam pelas estradas de santos a 320 km por hora, os que esnobavam carrões enormes, calças boca de sino mas pareciam ignorar que o Brasil vivia uma ditadura militar repressiva e das mais severas. Ou então, era a válvula de escape para isso, um modo de seguir a vida e apenas ser jovem, sabe-se lá. Ainda assim, era mais interessante e até mais rico musicalmente do que a baboseira em que a carreira de Roberto Carlos se tornou.

          Sim, baboseira. Talvez muitos pensem como eu, mas falte a coragem de assumir: Não, eu não gosto de Roberto Carlos. Tem gente que gosta, sim, que se descabela e até chora quando ver algumas cenas patéticas como Gloria Maria dançando valsa com o cantor. Bata-me um abacate e meio. Eu prefiro uma reprise do Batman. Pelo menos, Batman tem um conteúdo mais real como os conflitos humanos, a briga eterna entre bem e mal, a segurança e a violência em eterna guerra nas grandes cidades e em cada um de nós. No show de Roberto é tudo lindamente fake. Como quase tudo na Globo, aliás.

Tuesday, February 14, 2017

Orca



A fama de pedradora da Orca vai alem do filme "a baleia assassina",  Ela é o único cetáceo que ataca outros da mesma espécie. As orcas são predadores que ficam no topo da cadeia alimentar. Tirando os humanos da conta, nenhum outro animal caça as baleias-assassinas. Já elas se alimentam de pássaros, lulas, polvos, tartarugas-marinhas, tubarões, arraias, peixes em geral e mamíferos que se aventuram no mar, como focas e dugongos. As exceções da sua dieta incluem golfinhos e peixes-boi — além de humanos. Mesmo chamadas de baleia, elas são na verdade golfinhos. Têm uma vida social complexa, baseada na formação e manutenção de grupos familiares extensos. Comunicam-se através de sons e costumam viajar em formações que assomam ocasionalmente à superfície. A primeira descrição da espécie foi feita por Plínio, o Velho o qual já a descrevia como um monstro marítimo feroz. 
O nome orca foi dado a estes animais pelos antigos romanos do nome "Orcus", que significa inferno ou deus da morte, e o nome do seu género biológico - "Orcinus" - significa "do reino da morte" (ver Orco). A partir da década de 60, quando ganharam popularidade entre os espectadores de oceanários, o termo neutro "orca" foi mais utilizado do que "baleia assassina", o qual conota um comportamento incompatível com objetivo desses parques.
 A inteligência das orcas, a facilidade em treiná-las, a sua aparência impressionante, o seu comportamento brincalhão em cativeiro e o seu tamanho anormalmente grande torna-as um animal bastante popular como exibição em aquários e em espetáculos aquáticos, como em parques temáticos. A primeira captura e exibição de uma orca teve lugar em Vancouver, em 1964. Nos 15 anos seguintes, cerca de sessenta ou setenta orcas foram retiradas das águas do Pacífico com este fim. No final dos anos 1970, e na primeira metade da década de 1980, as águas da Islândia eram a origem de muitos dos animais capturados - nos cinco anos antes de 1985, capturaram-se aí 50 orcas.
No Sea World de Orlando, Florida, Estados Unidos, a orca Shamu faz o show sozinha no tanque.

Fonte: Wikipedia


Nas prateleiras do supermercado



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Leite longa vida (litro)...........................................R$ 2,89
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Fonte: Rede Mix da Pituba